A Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ) da Académica-Organismo Autónomo de Futebol (OAF) apresentou hoje, em tribunal, o plano de recuperação financeira do clube, que está insolvente com uma dívida de 12,9 milhões de euros (ME).
“Embora tenhamos pedido uma prorrogação do prazo, conseguimos apresentar o plano mesmo no último dia”, sublinhou à agência Lusa o presidente da direção da 'briosa', Miguel Ribeiro, que remeteu mais explicações para uma conferência de imprensa a realizar no final da semana.
No dia 16 de novembro do ano passado, a assembleia de credores da SDUQ da Académica aprovou a manutenção da atividade do clube com o compromisso de apresentar um plano de recuperação dentro de 60 dias.
“Esta decisão é favorável para a Académica ter futuro, que é aquilo que todos desejamos. Estamos numa fase decisiva e esta direção, eleita em 15 de junho [de 2022], foi obrigada, nos termos da lei, a apresentar-se à insolvência”, disse, na altura, aos jornalistas, o presidente Miguel Ribeiro.
Em setembro último, para fazer face à situação económica da SDUQ a direção da 'briosa' deu entrada com um pedido de insolvência e reestruturação no Juízo de Comércio do Tribunal Judicial da Comarca de Coimbra, secção de Montemor-o-Velho.
A assembleia de credores definiu que a dívida do clube dos “estudantes” é de 12,9 ME, distribuída por cerca de 60 credores, sendo que os maiores são o Estado português e a Segurança Social (cerca de dois milhões de euros), o grupo brasileiro Guimarães e Neto (750 mil euros), a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (300 mil euros) e a Sporting SAD (150 mil euros).
“Fizemos questão de apresentar o plano dentro do prazo para mostrarmos a nossa boa-fé e o nosso empenho em respeitar a lei e os credores que inicialmente nos deram esta confiança, com a aprovação da manutenção da atividade da Académica”, frisou o presidente da Académica.
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