O presidente da Liga Profissional de Futebol espanhola prometeu encetar ações criminais se alguém ameaçar ou exercer pressões sobre o ucraniano Roman Zozulya, jogador acusado de ter passado nazi pelos adeptos do Rayo Vallecano, ao qual foi emprestado pelo Betis.
"Se ficar provado que houve pressões ou se o presidente do Rayo e o jogador me disseram que foram ameaçados, farei abrir processos criminais", afirmou Javier Tebas na quinta-feira à noite, um dia depois de o jogador ter regressado a Sevilha devido à receção hostil de adeptos do clube de Vallecas, arredores de Madrid.
Numa posição conjunta, o Rayo, a Liga e a Associação dos Futebolistas Espanhóis (AFE) sublinham que o jogador terá condições de segurança parra permanecer no Rayo Vallecano, mas terá a liberdade tomar a decisão de ficar ou regressar ao Betis, no qual, no entanto, não poderá jogar até final da época.
"Estamos unidos, sobretudo com a intenção de não ceder à pressão e de apoiar o jogador. A Liga garante a segurança plena ao jogador se ele quiser exercer o seu direito ao trabalho e na segunda-feira ele decidirá livremente o que quer fazer, algo que a AFE respeitará", afirmou o presidente da associação, Luis Rubiales.
Na quarta-feira, somente um dia depois de ser anunciada a sua cedência ao Rayo Vallecano, da segunda divisão espanhola, o internacional ucraniano, de 27 anos, decidiu voltar a Sevilha, após ter sido confrontado com manifestações de adeptos contra o seu suposto passado nazi. "Vallekas não é lugar para Nazis", lia-se numa faixa colocada ao longo do relvado de treino do Rayo Vallecano.
Zozulya, que tem contrato com o Betis até 2019, reconheceu ter colaborado com o exército da Ucrânia com a intenção de defender o seu país, mas garante não ser apoiante nem estar ligado a qualquer movimento de apoio a um grupo paramilitar ou neonazi.
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