O FC Barcelona assinalou esta quinta-feira a morte do seu ex-futebolista e treinador Johan Cruyff com uma mensagem no sítio oficial do clube, salientando que o holandês treinou "o melhor Barça da história até ao momento".

"Johan Cruyff morreu esta quinta-feira, 24 de março, aos 68 anos. O holandês, uma das grandes lendas da história do FC Barcelona e do futebol mundial como jogador e treinador, deixou-nos após uma luta contra o cancro nos últimos meses", escreveu o clube catalão.

O vínculo entre Cruyff e o ‘Barça’, recorda o clube ‘blaugrana’, "começou em agosto de 1973, quando assinou vindo do Ajax, onde se tinha convertido no melhor jogador do mundo poucos anos antes".

"Com o ‘Barça’ rapidamente colecionou títulos e prémios. Na sua primeira temporada como ‘culé’ ganhou a Liga [espanhola], e recebeu as suas segunda e terceira Bola de Ouro. Com o seu jogo inteligente, soberba técnica e capacidade de liderança, converteu-se num ícone para o barcelonismo", assinala o FC Barcelona.

O clube recorda momentos marcantes de Cruyff com a camisola do ‘Barça’ vestida, tais como "um golo acrobático contra o Atlético de Madrid" e "um 0-5 no Santiago Bernabéu [casa do Real Madrid] em fevereiro de 1974".

"Em 1978, depois de ganhar a Taça do Rei de Espanha daquela temporada, Cruyff deixou o Barça", recorda o FC Barcelona, acrescentando que o holandês "demoraria 10 anos a regressar ao clube", desta feita como treinador.

Durante as oito temporadas em que se sentou no banco do clube, indica o clube catalão, Johan Cruyff "liderou o melhor Barça da história até ao momento", ganhando quatro campeonatos de Espanha consecutivos e a primeira Taça dos Campeões Europeus conquistada pelo FC Barcelona, em maio de 1992.

"Foi a época do lendário 'Dream Team', uma equipa que maravilhou todo o mundo com um futebol extraordinário", salienta o FC Barcelona.

Já depois de sair do cargo de treinador do clube catalão, Johan Cruyff foi eleito em 1999 como o melhor jogador do século na Europa.

O FC Barcelona recorda igualmente que Cruyff se envolveu diretamente nas questões políticas da Catalunha, realçando que o ex-jogador foi selecionador da equipa de futebol da Catalunha e recebeu a Cruz de São Jorge, uma distinção atribuída pelo governo regional catalão.