A decisão da FIFA de, após a invasão da Rússia à Ucrânia, permitir que jogadores e treinadores internacionais pudessem suspender os contratos que os ligavam a clubes ucranianos levou o Shakhtar Donetsk a apresentar na Comissão Europeia uma queixa conta o organismo máximo do futebol mundial.
Em comunicado, o Shakhtar, sublinha o impacto significativo que esta decisão da FIFA teve na gestão do clube, considerando-a extremamente exagerada.
"O diferendo do Shakhtar com a FIFA está centrado nas ações do órgão regulador do futebol mundial em 2022, que levaram à suspensão automática dos contratos internacionais de jogadores e treinadores do clube após a invasão ilegal e agressiva das forças armadas da Rússia na Ucrânia. Muitos jogadores internacionais deixaram assim o clube de forma livre. Estas medidas exageradas aplicadas pela FIFA conduziram a uma perda massiva das receitas com transferências de jogadores e a uma diminuição das receitas do clube num valor a rondar os 40 milhões de euros", lê-se no referido comunicado.
"O Tribunal Arbitral do Desporto rejeitou as alegações do Shakhtar e o clube está a recorrer de todas as decisões sobre este tema. Continuaremos a contestar a decisão original de 20 de junho de 2022 do Conselho da FIFA a respeito da suspensão automática de contratos internacionais. A FIFA definiu que essa decisão vigoraria até junho de 2023, algo que o clube acredita ser ilegal. E também existe um risco elevado de que seja prolongada até junho de 2024. A FIFA construiu um sistema através do qual consegue influenciar o resultado de decisões do TAS. O TAS devia ser protegido de todas as influências externas - incluindo da FIFA - e ser capaz de julgar os casos de forma independente com total imparcialidade e justiça", acrescenta o Shakhtar, que diz ter a acreditar que a Comissão Europeia irá ter em conta dos danos que a FIFA está a causar ao clube, apelano à comunidade internacional do futebol para se unir em torno de um sistema de justiça desportiva mais justo.
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