Javier Milei é o atual presidente da Argentina. Enquanto jovem somou uma passagem pelo futebol, chegando a ser guarda-redes, mas foi na área financeira onde se destacou.

Milei concedeu uma entrevista ao influencer russo-americano Lex Fridman abordando um dos temas mais fraturantes do futebol mundial, a comparação entre Cristiano Ronaldo e Lionel Messi.

"Eu vi o Maradona jogar. Vi-o no seu último ano no Argentinos Juniors antes de se transferir para o Boca, em 1980 e 81, e no mundial de juniores de 1979. Apreciei imenso o seu talento, mas sem dúvida que o melhor jogador de todos os tempos, ainda melhor do que Pelé, é Lionel Messi. Há um artigo com muitos anos que se titulava 'Messi é impossível', onde se salientavam aspetos relevantes para um jogador do meio-campo para a frente. Messi é o melhor em todas as facetas do jogo do meio-campo para a frente. Por exemplo, o Cristiano Ronaldo era muito bom em duas facetas do jogo e estava quase ao nível de Messi, mas no resto não participava. Hoje é um jogador muito maduro, nunca vi ninguém como ele. Se se comparam os golos com a média dos tempos de Pelé, não há comparação. Ninguém se compara a ele. Messi faz coisas que parecem técnica e fisicamente impossíveis, que parecem escapar à lógica humana. É como ver correr Usain Bolt", referiu, antes de se debruçar sobre outro ídolo da Argentina, o malogrado Diego Armando Maradona.

"Assistimos a esse jogo [Argentina-Inglaterra em 1986] em casa do meu padrinho. Ver como Maradona fintou toda a equipa adversária é algo que não se pode descrever. Nesses momentos, só podemos desfrutar e estar gratos por podermos assistir a algo assim. É como se eu pedisse a alguém para descrever o amor que sente pelo seu parceiro. É uma coisa maravilhosa. Não se pode descrever. Há coisas que descrever em palavras só as sujam. Há momentos em que o ser humano tem a possibilidade de vibrar mais perto do seu criador."

Para finalizar, acabou por fazer um balanço da sua passagem pelo futebol e sobre a atualidade na Argentina. "Já fui guarda-redes, tenho as minhas dúvidas de que tenha sido bom. É o único jogador que se veste de forma diferente e tem uma sessão de treino solitária. Quando o guarda-redes comete um erro, é um golo, há uma desproporção enorme. O guarda-redes tem que ter sempre um carácter muito forte porque está habituado à solidão, quando toma decisões está sozinho e o poder é isso. Quando se tem uma responsabilidade como presidente, está-se a tomar uma decisão que afeta milhões de seres humanos, como os guarda-redes. Isso tem feito parte da minha escola de vida."