Roberto Mancini abandou o comando da seleção de Itália, que orientou de 2018 a 2023, mas admitiu que está arrependido da decisão. O treinador italiano seguiu depois para a Arábia Saudita, mas a experiência foi demasiado curta.
"Não, não tomaria a decisão de voltar a deixar o banco de Itália. A forte relação de confiança que tinha com a Federação tinha-se quebrado mutuamente. Se pudesse voltar atrás, abordaria tudo de forma diferente. Se Gravina e eu tivéssemos falado, explicado, esclarecido, provavelmente as coisas não teriam acontecido desta forma. Deixar a seleção nacional foi uma escolha errada que não voltaria a fazer", admitiu, numa entrevista ao portal Il Giornale.
Para Mancini, a decisão esteve relacionada com uma questão de confiança. "Ser treinador e sentir que a confiança na sua pessoa está a vacilar, acreditem, não é uma boa sensação. Não garante que se possa trabalhar com a devida serenidade. No entanto, censuro-me por não ter abordado tudo com mais clareza. Entre Gravina e eu sempre existiu uma relação baseada numa grande estima e no diálogo. E no momento em que talvez fosse necessário falar claramente, isso não foi feito", desabafou.
O treinador explicou ainda o que o motivou a rumar à Arabia Saudita. "Não nego que, para um treinador, a proposta de uma quantia tão elevada de dinheiro - mesmo que seja inferior ao que dizem os jornais - coloca-o em crise. Mas não foi decisivo. Teve um impacto, mas não foi só por isso que deixei o banco da seleção italiana", concluiu.
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