O interrogatório das sete pessoas indiciadas pela morte do ex-futebolista argentino Diego Maradona, suspeitas de homicídio com dolo eventual, foi adiado para 14 de junho, segundo fontes judiciais.

De acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP), os sete membros da equipa médica da antiga estrela do futebol mundial deveriam ser ouvidos por um juiz de instrução na segunda-feira, mas a diligência foi adiada para 14 de junho, devido à situação da pandemia de covid-19 no país.

Se acusados, enfrentam penas de oito a 25 anos de prisão.

Maradona, que sofria de problemas renais, hepáticos e cardíacos, morreu de ataque cardíaco em 25 de novembro de 2020, em casa, poucas semanas depois de ter sido submetido a uma cirurgia ao cérebro para extrair um coágulo sanguíneo.

O Ministério Público argentino entende que a morte de Maradona, aos 60 anos, foi fruto de falha profissional ou negligência da equipa clínica, o que teria provocado a deterioração do seu estado de saúde e a sua morte.

Um relatório pericial, divulgado no início de maio, concluiu que Maradona tinha sido “abandonado à própria sorte” pela equipa de saúde, cujo tratamento “inadequado, deficiente e temerário” levou a uma agonia lenta.

“Foram ignorados os sinais de perigo de morte que apresentava”, consideraram vinte especialistas, incluindo patologistas forenses que realizaram a autópsia e especialistas de várias disciplinas médicas, afirmando igualmente que os cuidados de enfermagem prestados foram “marcados por deficiências e irregularidades”.

Tido como um dos melhores futebolistas da história, a carreira de Maradona, entre 1976 e 2001, ficou marcada pela conquista, pela Argentina, do Mundial de 1986, no México, e pelos dois títulos italianos e a Taça UEFA arrebatada ao serviço dos italianos do Nápoles.