Cristiano Ronaldo deu ontem início a um novo capítulo da carreira com a mudança para a Arábia Saudita, um dos países apontados pela ONU como dos maiores violadores de direitos humanos. Na apresentação, o avançado português encarou o desafio como "uma boa oportunidade para "ajudar gerações futuras".
"Até do ponto de vista das mulheres. Muitas pessoas não sabem, mas o Al Nassr tem uma equipa feminina", revelou.
Veja as imagens da apresentação de Ronaldo
Georgina Rodríguez acompanhou Cristiano Ronaldo na apresentação aos adeptos, e muito se especula sobre como será a adaptação da companheira de CR7 a algumas das restrições impostas às mulheres por aquele país, berço do islamismo.
De acordo com o tablóide 'Daily Mail', Ronaldo e a família vão residir num condomínio privado em Riade, situado num dos bairros de maior prestígio da capital saudita, no qual as regras serão semelhantes ao Ocidente, com acesso às melhores escolas, clínicas, lojas e restaurantes.
Deste modo, será possível fazer uma vida 'normal' dentro do bairro em questão - só Ronaldo terá de se deslocar para os treinos no estádio Mrsool Park.
A polícia religiosa saudita não terá poder dentro dos condomínios privados e, como tal, não pode fazer os estrangeiros obedecerem às leis locais.
Sendo estrangeira, Georgina terá a vida bem mais facilitada. Ainda assim, terá de ter algumas recomendações em atenção. A companheira do madeirense não é obrigada a usar véu e abaya (um manto longo e escuro), mas terá de usar uma roupa mais discreta quando estiver fora do condomínio privado (como, de resto, se viu na apresentação de Ronaldo), cobrindo os ombros e os joelhos. Além disso, sempre que se visitar um local religioso deverá cobrir a cabeça.
Em sinal de respeito à religião islâmica, durante o Ramadão, os estrangeiros devem abster-se de fumar, beber e comer em público.
Georgina Rodríguez terá, no entanto, uma vida bastante diferente das mulheres sauditas, que apesar de terem conquistado novos direitos nos últimos anos, continuam sujeitas a grandes restrições. Precisarem da autorização de um familiar do sexo masculino para se casar ou viver sozinhas, poderem ser presas em caso de desobediência ao seu guardião (familiar do sexo masculino ou marido) ou estarem impedidas de abrir uma conta num banco sem o consentimento masculino são apenas alguns exemplos.
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