O ex-presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (CONCACAF) Alfredo Hawit foi hoje condenado nos Estados Unidos a dois anos de liberdade vigiada depois de assumir ter recebido subornos no caso ‘FIFAgate’.
O antigo presidente da federação hondurenha, e que era igualmente vice-presidente da FIFA, foi alvo de várias acusações das quais incorria, em cada uma, numa pena de 20 anos de prisão, contudo fez um acordo com o Ministério Público que o ilibou de punição maior: ainda assim, vai ter de devolver cerca de 845.000 euros
O ex-dirigente admitiu à justiça ter conspirado para conceder direitos de marketing a empresas em troca de subornos pagos em contas que ele e a sua família controlavam, no Panamá e nas Honduras.
Hawit foi condenado por uma juíza federal de Brooklyn, Nova Iorque, Pamela K. Chen, ao tempo que já passou na prisão, pelo que não deve voltar a esta condição, ficando dois anos em liberdade vigiada.
Chen, que proferiu a sentença por videoconferência, está encarregue do grande julgamento de corrupção da FIFA nos Estados Unidos, que atinge, sobretudo, dirigentes, funcionários e empresários latino-americanos e que abrange igualmente fraude eletrónica, extorsão e lavagem de dinheiro.
O escândalo surgiu em 2015 e resultou da cooperação das autoridades suíças, onde a FIFA tem a sua sede, e norte-americanas, sendo que as atividades ilícitas se referem a todo o continente americano: já foram declarados vários culpados em negócios ilícitos relacionados com direitos televisivos e comerciais de várias competições.
Hawit foi extraditado para os Estados Unidos e em abril de 2016 deu-se como culpado, sendo que após um acordo com o Ministério Público aguardou a decisão da juíza em liberdade, sob fiança.
O FIFAgate, o maior escândalo de corrupção da história do futebol mundial, começou com a detenção de sete dirigentes, porém não tardou e já estavam indiciados 18 réus, incluindo nove funcionários da FIFA e cinco empresários, bem como a devolução de vários milhões de euros.
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