O selecionador de Marrocos de futebol de sub-20, o português João Aroso, disse hoje aguardar autorização da federação local para regressar a Portugal e, posteriormente, voltar ao país norte-africano, em declarações à agência Lusa.
“Tinha voo antes de cancelarem os voos, podia ter viajado, mas não tive autorização. Preferi não sair sem autorização, apesar de perceber que poderia ser a última oportunidade para o fazer. Estou no centro de treinos [em Rabat], praticamente vivo cá, estou em relativa segurança, porque as condições são boas”, explicou o treinador.
No domingo, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, disse à Lusa que estavam em preparação dois voos da TAP para retirar portugueses do país, um dia depois de o governo marroquino ter suspendido os voos internacionais para evitar a propagação do novo coronavírus.
“Era importante estar em Lisboa, com a família, tenho dois filhos menores e a minha mulher lá”, desabafou João Aroso, de 47 anos, assinalando já ter entrado em contacto com a embaixada portuguesa no país, através da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
No entanto, o técnico, que já dirigiu a seleção de sub-15 portuguesa e o Sporting B, além de ter estado no AEK Atenas, com Fernando Santos, e no Sporting e na seleção 'AA', com Paulo Bento, apelou ao engenho diplomático para resolver a situação.
“Primeiro, há que sensibilizar a federação marroquina para me libertar, porque não queria sair sem essa autorização, e a outra questão é, depois, ter como voltar. Marrocos cancelou todos os voos internacionais e só um entendimento entre governo poderá viabilizar essa situação”, realçou.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ronda as 164 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 245 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.
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