Trinta e sete anos depois, o 1.º de Agosto voltou a conquistar pela terceira vez consecutiva o campeonato nacional de futebol da primeira divisão, Girabola, alcançando, este domingo (2 de Setembro), o 12.º título do seu historial.
Com o tão almejado “segundo tri” - 2016, 2017 e 2018 -, Zoran Maki e comandados igualam os feitos de uma geração de campeões das primeiras três edições do Girabola (1979, 1980 e 1981), na qual despontavam nomes importantes da história do clube, e do futebol nacional, como N’dunguidi Daniel, Carlos Alves, Joaquim Dinis, Jaime Chimalanga, Zeca, Julião Dias, Napoleão Brandão, Tando e Amândio.
A equipa principal das Forças Armadas Angolanas (FAA) encurta assim para três a desvantagem em relação ao Petro de Luanda, líder do ranking do Girabola com 15 troféus.
Os “agostinos” somaram 57 pontos, tendo o título sido possível somente na última jornada do Girabola, após vitória sobre o Kuando Kubango FC, por 1-0, durante uma prova bastante disputada, até ao fim, com o “arquirrival”, segundo classificado com 54 pontos.
Jacques, avançado que no princípio da época reforçou a formação militar, saído do Kabuscorp do Palanca, entra para a história do clube “rubro-negro” ao marcar, aos 20 minutos, o golo da conquista. A partida teve lugar no Estádio 11 de Novembro, em Luanda.
No seu primeiro ano no comando técnico da equipa, o sérvio Zoran Maki, diga-se, dá passos firmes na continuidade de um trabalho iniciado pelo bósnio Dragan Jovic (campeão em 2016 e 2017), agudizando ainda mais a situação de jejum petrolífero, agora de 10 anos.
O Petro ganhou o último campeonato nacional em 2009 e hoje vê-se na “obrigação” de contentar-se, pela terceira vez consecutiva, com a distinção de vice-campeão.
Mas a história do Girabola tem registos bastante positivos e suficientes para levar a formação do “Eixo-viário” a não desistir, pois, embora tenha sido o D’Agosto a alcançar o primeiro tri, pertence aos “petrolíferos” o maior número de títulos consecutivos nesta competição. Foram cinco, nos anos de 1986, 1987, 1988, 1989 e 1990.
A última vez que o Petro atingiu um tri foi no longínquo período de 1993, 1994 e 1995. Além das duas maiores forças do futebol nacional, o Atlético Sport Aviação (ASA) ganhou também o Girabola por três vezes seguidas (2002, 2003 e 2004).
Em 39 edições, os petrolíferos lideram o ranking com 15 títulos, seguidos dos militares (12), Recreativo do Libolo (4), ASA (3), 1º de Maio de Benguela (2), enquanto o Sagrada Esperança, Interclube e Kabuscorp do Palanca têm um, cada.
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