Bev Priestman foi recentemente demitida do cargo de selecionadora da equipa feminina do Canadá, após ter sido descortinado um caso de espionagem durante os recentes Jogos Olímpicos de Paris, onde um membro da equipa técnica canadiana foi apanhado a espiar a Nova Zelândia através de um drone.
Contudo, uma investigação conduzida pelo jornal canadiano 'The Globe and Mail', revela que este é apenas um caso em muitos outros envolvendo a equipa técnica e a antiga selecionadora.
O jornal canadiano falou com dezenas de antigos colaboradores da Federação Canadiana de Futebol nos últimos quatro meses, que revelaram uma verdadeira cultura de espionagem, e que não se resume ao período de Priestman.
Com efeito, desde o tempo do selecionador John Herdman que existem casos de espionagem na federação, que mereceram duas investigações internas, das quais foi descrito um clima "tóxico", e uma "disfunção dentro do programa feminino".
Sete treinadores e antigos analistas da federação acusam Bev Priestman e a adjunta de "promoverem a vitória a todo o custo", acrescentando que alguns pediram a demissão após recusarem-se a espiar um adversário.
A investigação do jornal fala também de "sessões de bebida obrigatórias", organizadas por Priestman e exclusivas a treinadoras e membros do 'staff'.
Segundo os antigos colaboradores, tais sessões incluíam também consumo de álcool excessivo, brinquedos sexuais atirados contra funcionários e perguntas explícitas sobre sexo.
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