Valls foi questionado hoje sobre se as autoridades francesas iriam reforçar a segurança relacionada com o Euro2016 em futebol, que está em decorrer em França, na sequência do duplo assassínio em Magnanville (região de Paris), na noite de segunda-feira.
"Não misturemos tudo", apelou o primeiro-ministro francês, recordando que a França está a celebrar "uma festa" com a organização do Euro de futebol e que "a vida, a cultura e o desporto são necessários".
Ainda assim, recordou que ao mesmo tempo "toda a gente deve ter na cabeça que a ameaça está presente".
Valls recordou que já foram tomadas medidas de segurança relacionadas com o Euro, como o anúncio do Ministério do Interior de que iria expulsar adeptos radicais. Insistiu ainda que uma das prioridades das autoridades francesas é a segurança nos jogos de futebol, nos estádios e nas "fan zones", especialmente frente a "estes adeptos alcoolizados, estes 'hooligans'".
"Agora é a altura da compaixão e do luto por este casal de polícias, a sua família e os seus colegas", salientou Valls, enaltecendo o trabalho das forças de segurança e recordando que muitas vezes os agentes têm os seus nomes e moradas a circular nas redes sociais.
O homem que assassinou um casal de polícias, na própria casa das vítimas em Magnanville, é um francês de 25 anos residente em Mantes la Jolie (uma cidade próxima) e já tinha sido cumprido pena após condenação (em 2013) por pertencer a uma rede de recrutamento de ‘jihadistas’.
"São indivíduos nascidos em França, conhecidos dos nossos serviços, muitas vezes por delinquência", disse Valls, acusando o autor do crime de "responder a uma ordem do Estado Islâmico de atacar os franceses".
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