O capitão Cristiano Ronaldo, recordista de jogos (196) e de golos (118) por Portugal, deve ser titular nos dois primeiros confrontos do espanhol Roberto Martínez como selecionador nacional, admite o ex-internacional Paulo Madeira.

“Sabemos que qualquer erro do adversário é fatal nos pés dele. Nesse aspeto, voto e irei votar sempre [na presença do capitão no ‘onze’ inicial]. Não digo que seja assim quando ele quiser, mas enquanto estiver a jogar e a marcar muitos golos no seu clube, querendo ganhar sempre e se estiver bem, acho que tem de ser Ronaldo e mais 10”, estabeleceu à agência Lusa o antigo defesa, com 24 internacionalizações ‘AA’ e três golos.

Cristiano Ronaldo, de 38 anos, é o único dos ‘eleitos’ chamados pelo ex-selecionador da Bélgica a atuar fora da Europa, estando há pouco mais de três meses vinculado aos sauditas do Al Nassr, na sequência da rescisão com os ingleses do Manchester United.

“Obviamente, já não está naquela fase dos 20 anos, mas é um jogador com capacidade. Se eu estivesse do lado contrário, sentir-me-ia intimidado apenas com o facto de ter de o marcar em campo. É isso que as pessoas muitas vezes não percebem. A força e o ser Ronaldo cria medo nos adversários”, adicionou o campeão mundial de sub-20 em 1989.

Portugal recebe o Liechtenstein na estreia do Grupo J de acesso ao Euro2024, marcada para esta quinta-feira, às 19h45, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, três dias antes de se deslocar ao Estádio do Luxemburgo para defrontar a seleção local, às 19h45 de Lisboa.

Numa ‘poule’ que inclui também Bósnia-Herzegovina, Eslováquia e Islândia, o campeão europeu de 2016 precisa de ficar num dos dois primeiros lugares para ter acesso direto à 17.ª edição do torneio, que decorre na Alemanha, de 14 de junho a 14 de julho de 2024.

Caso seja utilizado, o avançado madeirense juntará ao seu recorde mundial vigente de golos marcados por uma seleção um novo máximo de internacionalizações, descolando de Bader Al-Mutawa, também de 38 anos, que ficou ausente da última convocatória do Kuwait, orientado pelo luso Rui Bento, para os particulares com Filipinas e Tajiquistão.

“Aceitar um papel secundário no seio da seleção? Vai depender da forma como o novo selecionador gerir o grupo. Sabendo que temos jogadores fortíssimos na linha atacante, tais como Rafael Leão, João Félix e tantos outros que nos têm encantado nestes últimos anos, penso que Ronaldo ainda cabe no ‘onze’. Se calhar, daqui a um ou dois anos, vou achar alguma diferença, mas é a minha opinião neste momento”, vincou Paulo Madeira.

O vencedor de cinco Bolas de Ouro leva nove golos e duas assistências em 10 desafios pelo Al Nassr, na sequência de uma prestação abaixo das expectativas no Mundial2022, no qual começou por ser titular nos três encontros do Grupo H, mas marcou apenas um tento, de grande penalidade, abrindo caminho ao êxito na estreia diante do Gana (3-2).

Descontente com a atitude manifestada pelo capitão no momento da sua substituição na derrota com a Coreia do Sul (1-2), para a terceira ronda, o então selecionador Fernando Santos passou a utilizá-lo como suplente utilizado, na goleada à Suíça (6-1), nos oitavos de final, e na derrota fatal com Marrocos (0-1), que ditou a eliminação lusa nos ‘quartos’.

“Isto não é uma crítica, mas os atletas têm de estar preparados para jogar ou não jogar. Os selecionadores tomam decisões e o jogador só tem de estar preparado para isso e aceitar. Por aquilo que o Cristiano Ronaldo faz muitas vezes em campo, na minha forma de ver ainda será ele e mais 10”, insistiu o antigo central do Benfica (1989-1995 e 1997-2002), que integrou a convocatória de António Oliveira para o Euro1996, em Inglaterra.

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