Marrocos negou hoje ter “renunciado” à organização da Taça das Nações Africanas de Futebol (CAN), embora tenha solicitado um adiamento em virtude da propagação do Ébola, disse hoje o ministro da Juventude e dos Desportos marroquino.
“Marrocos ainda expressa o seu compromisso de sediar a próxima edição da CAN”, assegura Mohammed Ouzzine num “desmentido formal”, no qual nega “categoricamente” as “alegações” de que teria renunciado à organização do evento, a três meses do seu início, a 17 de janeiro, em Marraquexe.
A confederação Africana de Futebol (CAF), a quem foi endereçado o pedido, reagiu imediatamente mantendo as datas (janeiro) e anunciando reuniões entre as partes no início de novembro.
Há uma semana, o reino pediu o adiamento da competição face aos riscos de saúde associados ao pior surto de ébola da história, que já matou cerca de 4.500 pessoas, na sua maioria em três países da África Ocidental, Guiné, Libéria e Serra Leoa.
Segundo a mesma fonte, “a posição de Marrocos (…) não tem qualquer ambiguidade”, o pedido de adiamento respeita a “evolução rápida e inquietante do vírus do Ébola, à luz dos relatórios da Organização Mundial da Saúde”.
O ministério diz propor “alternativas” e preparar-se “ativamente para a reunião prevista nos próximos dias com as instâncias responsáveis da CAF”.
Apesar desta posição, esta semana a imprensa marroquina cita o ministro da saúde, Mohammed Ouzzine, para revelar a posição definitiva do reino de não promover a competição.
A CAF está, entretanto, a trabalhar num plano alternativo, que pode passar por realizar a prova na África do Sul ou no Gana.
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