O Flamengo, de Jorge Jesus, conseguiu na quarta-feira um positivo empate a um golo no reduto do Grêmio, ‘aproximando-se’ da final da Taça Libertadores em futebol, que jogou e venceu pela única vez em 1981, há 38 anos.
Em Porto Alegre, na primeira mão da meia-final brasileira, Bruno Henrique adiantou os forasteiros, aos 69 minutos, mas, já muito perto do final, aos 88, o suplente Pepê restabeleceu a igualdade, que não retira a vantagem aos cariocas, pelo golo fora.
Os comandados do treinador português marcaram no melhor período do Grêmio, mas também sofreram quando pareciam perto do segundo e, na globalidade, até justificavam o triunfo, pois dominaram quase sempre e criaram mais e melhores oportunidades.
O conjunto do Rio de Janeiro logrou, aliás, introduzir mais três vezes a bola na baliza de Paulo Victor, mas, após consulta ao VAR, não foram validados os remates vitoriosos de Everton Ribeiro (20 minutos) e Gabriel Barbosa (24 e 80).
A eliminatória será decidida no mítico Maracaña, em 23 de outubro, com o Flamengo, que vai numa série de 12 jogos consecutivos sem perder (nove vitórias e três empates), bem lançado para repetir 1981 – bateu na final o Cobreloa, num jogo de desempate (2-1 em casa, 0-1 fora e 2-0 em campo neutro).
O ‘onze’ de Jorge Jesus entrou ‘mandão’, não demorou a instalar-se no meio-campo contrário e, aos nove e 10 minutos, esteve muito perto de marcar, primeiro pelo uruguaio De Arrascaeta e depois por Bruno Henrique.
Na jogada seguinte, aos 11 minutos, Alisson efetuou o primeiro remate dos locais, mas sem perigo para Diego Alves, para, na resposta, aos 15, Gabriel Barbosa voltar a ameaçar Paulo Victor.
O Flamengo continuou a insistir e, no espaço de quatro minutos, introduziu por duas vezes a bola na baliza do Grêmio, mas antes de Éverton Ribeiro acertar, aos 20, Gabigol empurrou Kannemann e, aos 24, o ex-Benfica faturou, mas partindo de fora de jogo.
O VAR voltou a estar ‘contra’ ao Flamengo aos 41 minutos, quando uma falta de Michel sobre Gerson foi analisada, para potencial vermelho, mas o médio dos locais salvou-se com um amarelo.
A segunda parte trouxe um Grêmio diferente, mais rápido, mais ofensivo, mas sem conseguir criar grande perigo, ao contrário do ‘Fla’, que, quase marcou aos 61 minutos, numa triangulação entre Bruno Henrique e Gabigol, que falhou o alvo por muito pouco.
Os locais continuaram, porém, por cima e só não marcaram aos 63 e 64 minutos, em dois remates de fora da área, porque Diego Alves efetuou duas defesas notáveis, impedindo Everton e Luan de ‘faturar’, para desespero de Renato Gaúcho.
O Grêmio estava por cima, mas, aos 69 minutos, foi o ‘Fla’ a conseguir chegar ao golo, por intermédio de Bruno Henrique, que marcou de cabeça, nas ‘alturas’, com a ajuda do poste direito, na sequência de um centro da direita de De Arrascaeta.
Em vantagem, o conjunto do Rio voltou a ficar por cima e ameaçou várias vezes o segundo golo, nomeadamente por Gabigol, que viu mais um tento ser anulado por fora de jogo, aos 80 minutos.
A equipa da casa parecia rendida, mas, aos 88 minutos, num contra-ataque, chegou ao empate, por intermédio do suplente Pepê, que tinha entrado aos 82 e faturou à bola da baliza, encostando como pôde um centro da direita de Everton.
Até ao final, nenhum das equipas criou qualquer ocasião para ainda chegar ao triunfo.
Na terça-feira, na primeira mão da outra meia-final, entre argentinos, o campeão em título River Plate bateu em casa o ‘vice’ Boca Juniors por 2-0, com tentos do colombiano Santos Borré, aos sete minutos, de grande penalidade, e Nacho Fernández, aos 70.
O encontro da segunda mão realiza-se em 22 de outubro, no La Bombonera, onde se registou, em 2018, um empate a dois no primeiro jogo da final, antes de tudo se decidir no Bernabéu, em Madrid, onde o River venceu por 3-1 após prolongamento.
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