O antigo seleccionador nacional de futebol, Oliveira Gonçalves, apontou quinta-feira, em Luanda, a falta de golos como o principal problema com que se debate os Palancas Negras que, de 19 do mês em curso a 10 de Fevereiro, vão disputar o Campeonato Africano das Nações (CAN).
Falando à imprensa, o técnico que qualificou a selecção angolana para o Mundial da Alemanha em 2006 disse que os angolanos criam oportunidades de golo, mas falham na finalização, advertindo que esse problema deve ser levado em conta durante a preparação.
Explicou que a equipa técnica deve desenvolver um trabalho colectivo para ajudar a colmatar a referida deficiência. “Se estivermos bem colectivamente vamos fazer coisas bonitas, os três sectores se jogarem como equipa teremos um grupo trabalhador e vamos desenvolver um caudal ofensivo que nos permite marcar golos”, frisou.
Quanto ao primeiro jogo dos Palancas Negras, frente ao Marrocos, Oliveira Gonçalves, que apurou Angola pela primeira vez nos quartos de final de um CAN, em 2008 no Ghana, perspectiva um bom desempenho da selecção nacional, apesar da vantagem marroquina nos jogos entre si.
“Acredito que vamos fazer um bom jogo e vencer. Vai ser complicado porque têm jogadores bem dotados tecnicamente e um futebol directo que pode nos complicar, mas tendo em conta a nossa preparação podemos superar estas dificuldades”, sublinhou.
O técnico, que falava durante a tomada de posse da direcção da Federação Angolana de Futebol (FAF), considerou a África do Sul a principal favorita no grupo de Angola, para passar aos quartos de final.
“Na condição de organizadores vão ser levados ao colo, pelo menos até a segunda fase, quer dizer que as outras três selecções (Angola, Marrocos e Cabo Verde) vão discutir a outra vaga”.
Por outro lado, Oliveira Gonçalves mostrou-se surpreendido com a falta de técnico de guarda-redes nos Palancas, dizendo que “Angola começa a perder o CAN aí”. “Trata-se de uma posição específica, 80 porcento do seu treino é com um especialista, é um erro crasso”, acrescentou.
Segundo o presidente da FAF, Pedro Neto, o treinador de guarda-redes junta-se hoje (sexta-feira) ao grupo na África do Sul.
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