A Gâmbia apurou-se hoje no limite para a Taça da Nações Africanas (CAN2023) de 2023 de futebol, enquanto a Nigéria, conduzida pelo português José Peseiro, goleou São Tomé e Príncipe para confirmar o primeiro lugar do seu grupo.
Necessitados de um ponto para garantirem a segunda presença numa fase final, após a estreia em 2021, os gambianos estiveram a perder na receção ao Congo, com golos de Gaius Makouta, médio do Boavista, um dos atuais líderes da I Liga portuguesa, e Silvere Ganvoula, na execução de uma grande penalidade, mas ‘salvaram-se’ com dramatismo.
O suplente Yankuba Minteh diluiu distâncias à entrada para os derradeiros 10 minutos e Mohamed Badamosi ‘tirou’ os congoleses da CAN2023 já nos ‘descontos’, num encontro disputado na cidade marroquina de Marraquexe, que foi atingida na sexta-feira por um sismo, face à inexistência de condições para a Gâmbia receber partidas internacionais.
Os ‘escorpiões’ tornaram-se a 22.º seleção finalista, ao preservarem o segundo lugar do Grupo G, com 10 pontos, três acima do Congo, terceiro colocado, e cinco abaixo do líder Mali, que tinha vencido na sexta-feira o lanterna-vermelha Sudão do Sul (4-0), com três.
Na fase final já estava confirmada a Nigéria, que ganhou a ‘poule’ A e reforçou o estatuto de melhor ataque da qualificação, com 22 golos marcados, ao golear em casa São Tomé e Príncipe (6-0), em Uyo, tendo capitalizado um ‘hat-trick’ do ‘inevitável’ Victor Osimhen.
Depois de ter marcado quatro golos aos lusófonos no embate da primeira volta, que tinha assinalado a vitória mais dilatada de sempre do seu país (10-0), o avançado do campeão italiano Nápoles fez mais três, um dos quais na conversão de uma grande penalidade, e distinguiu-se como melhor marcador absoluto desta fase de apuramento, com 10 tentos.
Ademola Lookman, Taiwo Awoniyi e Samuel Chukwueze avolumaram o triunfo da equipa de José Peseiro, que renovou contrato na semana passada com as ‘super águias’ e fez estrear Bruno Onyemaechi, do Boavista, com o defesa esquerdo a jogar a tempo inteiro.
Tricampeã africana em 1980, 1994 e 2013, a Nigéria ganhou de forma invicta o Grupo A, com 15 pontos, contra 10 da ‘vice’ e também apurada Guiné-Bissau, que vai receber na segunda-feira Serra Leoa, terceira, com cinco, mais quatro do que São Tomé e Príncipe.
Na ‘poule’ B, que também já tinha atribuído as duas vagas de qualificação antes da sexta e última jornada, Cabo Verde falhou a ultrapassagem na liderança ao Burkina Faso, após ter perdido com reviravolta na casa do Togo (3-2), treinado pelo português Paulo Duarte.
Em Lomé, Kevin Pina e Gilson Benchimol, do Benfica B, deram vantagem aos ‘tubarões azuis’, mas Kévin Denkey repôs a igualdade para os ‘gaviões’, rubricando o seu primeiro tento de penálti, e o suplente Abdou Ouattara ‘virou’ o jogo em tempo de compensação.
Apurada pela quarta ocasião para uma fase final, após 2013, 2015 e 2021, Cabo Verde terminou na segunda posição, com 10 pontos, dois acima do Togo, terceiro, e um abaixo do Burkina Faso, que empatou sem golos na sexta-feira com Essuatíni, último, com três.
A 34.ª edição da CAN foi adiada por um ano, face às inundações ocorridas na Costa do Marfim, estando agendada para o período entre 13 de janeiro a 11 de fevereiro de 2024.
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