O presidente da Associação Amigos do Boavista avistou-se hoje, em Lisboa, “dois altos responsáveis da Somague” e diz que a empresa está “aberta a dialogar novamente” sobre os 34,5 milhões de euros que o clube deve à empresa.
Eduardo Matos disse à Agência Lusa que os seus interlocutores, uma da área financeira e outro da jurídica, sublinharam que foram feitos “vários acordos com esta e outras direcções” do Boavista “e nenhum deles foi cumprido”, razão por que a construtora pediu a insolvência do clube a 24 de Setembro, no Tribunal do Comércio de Gaia.
“As dívidas superam de longe o conhecimento que eu tinha dos números”, resumiu Eduardo Matos, referindo que o clube está perante “uma situação radical” e que “se cair arrastará consigo a SAD”, responsável pelo futebol profissional.
Eduardo Matos, que sexta-feira, na Assembleia Geral (AG) extraordinária marcada para as 20:30, saberá se os associados ratificam as deliberações tomadas em 16 de Agosto, não quis fazer promessas, apenas “trabalhar para, a todo o custo, evitar a insolvência do clube”.
As deliberações da AG foram a substituição imediata da direcção presidida por Álvaro Braga Júnior por uma comissão administrativa liderada por Eduardo Matos.
“A Somague mostrou-se receptiva para se estudar uma solução para a dívida do Boavista, mas tal teria de passar pelo apoio de várias entidades da cidade”, salienta Eduardo Matos.
O responsável considera que “a Câmara Municipal do Porto é um parceiro fundamental para ajudar o Boavista nesta questão”, porque o clube, por si só, não tem condições.
“Nós só temos uma hipótese, que é a intervenção da Câmara Municipal”, reforçou, sem, porém, especificar o modo como, em sua opinião, a autarquia portuense poderia fazer parte de uma solução para o grave problema boavisteiro.
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