O presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, foi formalmente acusado de fraude fiscal, depois de ter admitido que escondeu dinheiro na Suíça, anunciou hoje a Justiça alemã.
«O Ministério Público concluiu o inquérito visando Ulrich Hoeness e decidiu hoje avançar com um processo de acusação», revelou o Tribunal Regional de Munique, em comunicado.
Um coletivo de juízes do tribunal deverá agora decidir se o presidente da equipa bávara vai a julgamento.
A decisão não é esperada antes do final de setembro, de acordo com o comunicado do tribunal.
A imprensa alemã noticiou, no passado dia 20 de abril, que Hoeness, uma das grandes figuras do futebol alemão, escondeu dinheiro na Suíça e fugiu ao pagamento de milhões de euros de impostos sobre os juros propiciados pelos seus ativos.
Hoeness reconheceu ter cometido uma «falta grave» e garantiu que iria procurar «reparar uma parte da sua falta».
A chancelerina Angela Merkel, que assistiu várias vezes a partidas de futebol ao lado de Hoeness, mostrou-se «desiludida» com o presidente do Bayern, tal como muitos outros alemães.
Apesar deste caso, que desencadeou uma forte polémica num país que procura combater a evasão fiscal, Hoeness manteve a confiança do clube da Baviera, vencedor do campeonato e da Taça da Alemanha, bem como da Liga dos Campeões Europeus em futebol.
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