O Flamengo não irá punir o avançado Gabriel Barbosa, mais conhecido por Gabigol, detido num cassino clandestino em São Paulo durante uma operação para evitar aglomerações, no auge da pandemia de COVID-19 no Brasil, informou um dirigente do time carioca nesta terça-feira.

"É assunto pessoal. [O que aconteceu] não viola nenhuma relação contratual com o Flamengo. Aguardamos Gabriel na apresentação e esperemos que tenha um grande de ano", disse o vice-presidente do Rubro-Negro, Rodrigo Dunshee de Abranches, ao site UOL.

O avançado de 24 foi preso na madrugada de domingo juntamente com cerca de 200 pessoas num cassino clandestino numa zona luxuosa de São Paulo, onde vigora o recolher obrigatório e a proibição de abertura para atividades não essenciais.

Segundo a polícia, o avançado do campeão brasileiro, que estava de férias, escondeu-se das autoridades, mas acabou por ser preso e levado para uma esquadra, onde assinou um documento, comprometendo-se a voltar para testemunhar, antes de ser libertado.

Em vídeos divulgados pelas autoridades, o jogador aparece vestido com camisola branca e máscara ao sair do estabelecimento escoltado por agentes da polícia.-

Gabriel Barbosa pediu desculpas e reconheceu ter errado ao violar as medidas restritivas para conter a pandemia.

"Faltou sensibilidade da minha parte", disse ao programa 'Fantástico', da TV Globo, em entrevista na noite de domingo.

"Sempre usei máscara, álcool gel e quando percebi que tinha gente a mais, eu já estava de saída" do cassino, disse o atacante, que nega ter-se escondido da polícia.

Os funcionários e o gerente do casino, estabelecimentos proibidos no Brasil desde 1946, devem "responder pelo crime contra a saúde pública, o jogo e a contravenção", disse à GloboNews o delegado Eduardo Brotero.

Gabigol já está ao serviço Flamengo para a nova época.