Três futebolistas brasileiros do Bahia ficaram feridos na quinta-feira após o autocarro da equipa ter sido atingido por uma bomba de fabrico artesanal, antes de uma partida da Copa do Nordeste.
O explosivo atingiu o autocarro na chegada à Arena Fonte Nova, na capital do estado da Bahia, Salvador, quebrando os vidros de algumas janelas e ferindo três jogadores.
"O caso mais preocupante é o do guarda-redes Danilo Fernandes, cujo rosto foi danificado por estilhaços e foi transferido para um hospital", disse o clube Bahia nas redes sociais.
As outras vítimas foram o lateral esquerdo Matheus Bahia, de 22 anos, que sofreu cortes superficiais nos braços, e o avançado Marcelo Cirino.
Também foi afetada uma viatura particular que circulava junto ao autocarro do clube, que partilhou algumas fotografias do incidente, nas quais se pode ver o buraco provocado pela e as manchas de sangue em alguns dos assentos.
A polícia está já a investigar o incidente, que, segundo a imprensa local, poderá ter sido uma tentativa por parte de adeptos do Bahia de intimidar os jogadores para melhorar os resultados da equipa.
O Bahia foi despromovido à segunda divisão do futebol brasileiro em 2021 e esta época apenas venceu uma das seis partidas que disputou.
O Bahia ponderou não jogar contra o Sampaio Correa, na primeira ronda da Copa do Nordeste, mas acabou por entrar em campo "por dignidade, profissionalismo e para homenagear as cores do Bahia", disse o treinador Guto Ferreira.
Danilo Fernandes “esteve quase a perder a visão. Ele foi atingido bem junto ao olho. Tendo em conta o tamanho da bomba e o estrondo, se a bomba tivesse entrado no autocarro, de certeza que teria causado uma morte lá dentro ", disse o técnico.
“Isto é estúpido, as pessoas acreditarem que isto vai intimidar um atleta e fazê-lo jogar melhor”, lamentou Ferreira.
Vários clubes brasileiros, como Botafogo, Santos, Fluminense ou Internacional, manifestaram solidariedade com o Bahia e pediram uma investigação minuciosa do caso
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