O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, disse que a intenção manifestada por 12 “tubarões do futebol” em avançar com uma Superliga Europeia é de um “egoísmo desmedido e selvagem”, ressalvando a posição da UEFA pelos interesses do “povo”.
“Também me apraz dizer que a UEFA, desta vez, pensou seriamente naquilo que é a paixão e a razão do futebol para o povo. Tirou e quer tirar aquilo que é um egoísmo desmedido e selvagem desses mesmos ‘tubarões’ do futebol”, salientou o dirigente do clube madeirense da I Liga portuguesa de futebol à Agência Lusa.
O líder dos ‘verde rubros’ assegura que se o novo formato de competição for para a frente ganhará uma “posição dominante”, que só irá “empobrecer os restantes”, relembrando a vida dos clubes fundadores como “magnatas no investimento que esquecem aquilo que é a paixão, a emoção e razão do futebol”.
“Vêm a pensar no lucro”, sublinhou o dirigente madeirense, enfatizando que, “se calhar, não têm paixão nenhuma, porque raramente até assistem aos jogos”.
É uma iniciativa que "não é bem-vinda e que deve ser muito bem repensada", avançou Carlos Pereira, acrescentando que se trata de uma “ganância sem limites”.
No domingo, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.
A competição previa ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco, qualificados anualmente.
Em reação, a UEFA anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.
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