O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, disse hoje que espera uma "aplicabilidade rápida e consistente" à proposta de lei de alteração do regime jurídico de combate à violência no desporto.
O grupo de trabalho do Desporto no Parlamento recebeu, além da LPFP, representantes da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, Confederação Portuguesa das Associações de Treinadores, Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol e Sindicato dos Jogadores.
A reunião, que teve lugar na Assembleia da República, contou igualmente com a presença de elementos do Estoril Praia, FC Porto, Sporting de Braga e Benfica, e estendeu-se também à proposta de lei de alteração do regime de acesso e exercício da atividade de treinador de desporto.
Pedro Proença apresentou, no decorrer da reunião, quatro aspetos "fundamentais" que a lei "não responde", que identifica como a previsão legal da figura do Oficial de Ligação aos Adeptos, a venda de bebidas com baixo teor alcoólico nos estádios, a implementação de zonas sem cadeiras ou lugares marcados, com condições especiais de acesso, e a apresentação regular às autoridades de adeptos punidos de recintos desportivos.
"A lei da violência tem sido uma bandeira desta direção da liga. Terá sido a última fase para que esse documento possa verdadeiramente aparecer, o que esperamos com ansiedade. As nossas propostas foram muito objetivas e fazem com que o quadro legislativo em Portugal acompanhe as boas práticas internacionais", declarou Pedro Proença, no final da reunião.
A proposta de comercialização de bebidas com baixo teor alcoólico em recintos desportivos, de forma a provocar a entrada antecipada dos adeptos nos estádios e, por sua vez, facilitar a revista de segurança aos mesmos, foi um dos assuntos mais discutidos durante a sessão.
Para Pedro Proença, nesta proposta "não move o aspeto comercial, mas sim o exemplo de sucesso de outras ligas europeias", e considerou "interessante" a proposta do grupo parlamentar do PS sobre a possibilidade de jogos experimentais para testar a medida, face às oposições apresentadas pelas entidades que regulam a segurança nos eventos desportivos.
"Acontecem alguns episódios que não nos devemos orgulhar e percebe-se a frustração de alguns dirigentes. É contra isso que combatemos e que estamos aqui, pois esta lei teima em não sair e em não dar possibilidade às organizações, federações e ligas de poderem executar aquilo que, há muito, vêm regateando", concluiu o presidente da LPFP.
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