José Mourinho foi oficializado, este sábado, como novo treinador do Fenerbahçe.

O português José Mourinho, que estava sem clube desde janeiro, é o novo treinador do Fenerbahçe, anunciou hoje o segundo classificado da última edição da Liga turca de futebol nas redes sociais.

“Merhaba [olá], adeptos do Fenerbahçe. Vejo-vos amanhã [domingo]. Vamos começar a nossa jornada juntos", declara o técnico luso, num vídeo divulgado nas redes sociais do clube turco, no qual convida os adeptos a receberem-no no estádio, no domingo.

Mourinho, de 61 anos, estava afastado dos ‘bancos’ desde meados de janeiro, quando foi demitido do comando dos italianos da Roma, emblema que liderou durante duas épocas e meia e que conduziu à conquista da primeira edição da Liga Conferência Europa, em 2021/22, tornando-se no primeiro treinador a erguer as três taças continentais de clubes, depois da Liga dos Campeões, em 2003/04 e 2009/10, e da Liga Europa, em 2002/03 e 2016/17.

Após suceder ao também luso Paulo Fonseca, Mourinho liderou os ‘giallorossi’ em 138 partidas oficiais, em que somou 68 vitórias, 39 derrotas e 31 empates, terminando a Serie A em sexto lugar em 2021/22 e 2022/23, as duas épocas que completou à frente dos romanos, antes de ser rendido por Daniele de Rossi a meio da última, quando a Roma estava na nona posição.

O Fenerbahçe é o segundo clube mais titulado da Turquia, com 19 títulos de campeão, apenas atrás do Galatasaray (24), mas não ergue o troféu há uma década, desde 2013/14. Nas últimas três temporadas, terminou o campeonato no segundo lugar, sendo que na última ficou a apenas três pontos do eterno rival, que se sagrou bicampeão.

José Mourinho, que substitui Ismail Kartal no cargo, é o terceiro treinador português a assumir os destinos do Fenerbahçe, depois de Vítor Pereira (entre 2015 e 2016, e em 2021/22) e Jorge Jesus (2022/23).

O conjunto de Istambul será o 10.º clube que Mourinho vai orientar na carreira, depois de Benfica, União de Leiria, FC Porto, Chelsea (duas vezes), Inter Milão, Real Madrid, Manchester United, Tottenham e Roma.

Após ter integrado as equipas técnicas do inglês Bobby Robson no Sporting, no FC Porto e no FC Barcelona, e do neerlandês Louis van Gaal nos catalães, Mourinho teve a primeira experiência - ainda que curta - como treinador principal no Benfica, em 2000/01.

Seguiu-se a União de Leiria e o FC Porto, clube em que se evidenciou com um percurso vitorioso, sobretudo com um bicampeonato nacional e conquistas da Taça UEFA (2002/03) e Liga dos Campeões (2003/04), para depois rumar ao Chelsea e conduzir os ‘blues’ ao título inglês em 2005 e 2006.

Deixaria Londres a meio da quarta temporada, em 2007/08, e na seguinte mudou-se para Itália, para o Inter Milão, levando os ‘nerazzurri’ à conquista de dois títulos italianos (2008/09 e 2009/10) e uma Liga dos Campeões, em 2010, troféu que escapava ao clube de Milão há 45 anos.

A mudança para o Real Madrid, em 2010, deu-se numa altura de supremacia quase absoluta do FC Barcelona em Espanha, traduzindo-se, ainda assim, na conquista do título espanhol, em 2012, antes do regresso ao Chelsea, que proporcionou ao técnico o terceiro cetro de campeão inglês, em 2015.

Contudo, a segunda ‘vida’ em Stamford Bridge foi mais curta do que a primeira e seria despedido a meio da terceira época, o mesmo que viria a suceder na sua experiência seguinte, também em Inglaterra, mas no Manchester United, que comandou entre 2016 e 2019, conseguindo arrecadar uma Supertaça inglesa e uma Liga Europa, ambas em 2016/17.

Mais modesta foi a passagem pelo Tottenham, sem qualquer troféu, entre 2019 e 2021, antes da ida para capital italiana, onde, em janeiro, registou o quarto despedimento seguido na carreira.