"Era jovem, desfrutei do sucesso e da atenção, e foi a partir desse momento que as coisas começaram a correr mal. Não era droga, mas sim álcool e ‘rock and roll', e acostumei-me àquilo. Nem me apercebi de que a garrafa de vodca se tornou na minha melhor amiga", pode ler-se numa passagem do livro divulgada hoje pela revista Voetbal International.
Wesley Sneijder, que encerrou a carreira de futebolista em agosto do ano passado, representou o Real Madrid nas temporadas 2007/08 e 2008/09, depois de os ‘merengues' terem pagado 27 milhões de euros ao Ajax, clube no qual o ex-médio se formou.
Em Madrid, dividiu o balneário com os compatriotas Arjen Robben e Ruud van Nistelrooy, que o alertaram para o comportamento que vinha evidenciando: "Disseram-me que, continuando daquela forma, não duraria muito. Eu estava a jogar bem, mas eles diziam-me que eu poderia fazer ainda melhor."
De resto, o antigo jogador, atualmente com 36 anos, reconheceu que a segunda época no Real Madrid foi "dramática" e a sua atitude "indigna" do clube espanhol.
"[Na segunda época] Joguei bastante, mas muito pior e menos concentrado. A minha atitude era indigna do Real Madrid. Menti a mim mesmo, convencendo-me de que tudo estava bem e consegui proteger-me graças à minha inteligência futebolística, só que afundei-me fisicamente", referiu.
Nas duas temporadas que passou no Real Madrid, Sneijder venceu uma Liga espanhola e uma Supertaça de Espanha, antes de rumar ao Inter de Milão, em 2009, onde foi orientado pelo português José Mourinho.
Além de um campeonato, duas Taças de Itália e uma Supertaça italiana, o antigo médio, que somou 134 internacionalizações pelos Países Baixos, ajudou o Inter a conquistar a Liga dos Campeões logo na sua primeira época em Milão (2009/10).
As passagens por Galatasaray e Nice antecederam a etapa final da carreira, que foi concluída em 2019, ao serviço do Al-Gharafa, do Qatar.
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