O guarda-redes uruguaio do Arouca Ignacio de Arruabarrena disse hoje que Portugal é "favorito" na partida de segunda-feira frente aos seus conterrâneos, da segunda jornada do Grupo H do Mundial2022 de futebol.
O guardião, que se transferiu este ano do Montevideo Wonderers (Uruguai) para a equipa de Armando Evangelista, reconheceu que Portugal parte na frente para o duelo "pelos jogadores que tem" e por ocupar o primeiro lugar no grupo, mas acredita que a seleção do seu país possa vencer o jogo.
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"Portugal é favorito, até pelos jogadores que tem. Mas, de coração, torço pelo Uruguai e acho que, com raça, também podemos ganhar o jogo. Acredito que vai ser um jogo muito difícil para ambas as equipas", disse o futebolista de 25 anos, em declarações à Lusa.
Relativamente ao primeiro jogo da seleção 'celeste', um empate sem golos frente à Coreia do Sul, o guarda-redes não se mostrou totalmente satisfeito, apesar de reconhecer que o resultado não acaba com as aspirações dos sul-americanos em passar o grupo.
"Historicamente, o primeiro jogo custa sempre muito ao Uruguai. Naturalmente, queríamos ganhar, mas eu creio que o empate não nos deixa eliminados", afirmou.
Arruabarrena esteve também atento à vitória lusa na principal competição de seleções, num jogo que considerou bastante diferente do desafio entre uruguaios e sul-coreanos, pela forma como Portugal e Gana abordaram a partida.
"O jogo entre Portugal e Gana foi muito mais aberto do que o nosso com a Coreia [do Sul]. Portugal procurou os três pontos, buscando o ataque, enquanto que o Gana foi muito inteligente a procurar o contra-ataque para fazer os golos. Mas acho que a qualidade individual dos jogadores de Portugal acabou por fazer a diferença", concluiu.
O jogador, que é profissional desde 2015 e, até à presente época desportiva, sempre no Uruguai, foi titular em 10 das 13 jornadas do Arouca na I Liga, reconhecendo uma realidade distinta daquela a que estava habituado.
"É muito diferente. Os campos e os jogos são muito distintos... A velocidade do jogo, aqui [Portugal] é muito mais rápida, há muito mais qualidade técnica. No Uruguai, jogamos muito nas segundas bolas, mais largo, e aqui não encontras nenhuma equipa que faça isso. Em Portugal, ambas as equipas tentam ter posse de bola e, em termos de qualidade técnica, o futebol é muito bom", explicou.
O guarda-redes acredita que os países têm culturas similares, com a língua a ser a maior dificuldade na adaptação, que disse ter sido facilitada pela união do grupo de trabalho e sobretudo a família, que o acompanhou na mudança.
"Em cultura, somos bastante parecidos. [...] Mas obviamente o idioma. Acho que estou a melhorar nisso. E, depois, tive a sorte de me encontrar numa equipa com muitos estrangeiros e fui muito bem recebido. O grupo está muito unido e acho que isso ajuda muito. Claramente, também a família. Vim com a minha mulher e a minha filha e isso faz a diferença", explicou.
A equipa das 'quinas' defronta o Uruguai a partir das 19:00 (hora portuguesa) de segunda-feira, no Estádio de Lusail, em jogo do grupo H do Mundial2022 do Qatar.
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