O homem de 22 anos é acusado de tentativa de homicídio qualificado, a acusação mais grave no caso.
O Ministério Público da cidade de Amesterdão, nos Países Baixos, pediu, nesta quinta-feira, oito meses de prisão para um homem acusado de ter agredido adeptos de Israel e que evocou uma "caça aos judeus" durante uma noite de novembro na capital neerlandesa, que resultaram em atos violentos classificados como antissemitas por governos ocidentais.
Umutcan A., de 24 anos, é acusado de agredir vários adeptos e de arrancar violentamente um cachecol do clube Maccabi Tel Aviv de um indivíduo. Ele está entre os sete suspeitos, com idades compreendidas entre 19 e 32 anos, que compareceram ao tribunal em Amesterdão na quarta e quinta-feira.
Na noite de 7 para 8 de novembro, adeptos do clube foram perseguidos e agredidos nas ruas de Amesterdão após a partida contra o Ajax. Cinco pessoas foram hospitalizadas.
Umutcan A. também foi reconhecido como o autor de uma mensagem de WhatsApp que menciona uma "caça aos judeus".
"Não odeio judeus de forma alguma, não sei dizer por que disse isso", declarou o acusado, que se entregou à polícia e expressou o seu arrependimento perante os juízes, de acordo com o meio de comunicação AT5.
O Ministério Público declarou que a violência foi consequência do descontentamento em relação à guerra em Gaza e às ações dos adeptos de Israel na noite anterior à partida.
O acusado forneceu vídeos, transmitidos durante a audiência, de adeptos Maccabi entoando cantos antiárabes e pedindo a vitória do Exército de Israel. De acordo com a polícia, a tensão era evidente antes do jogo. Adeptos afetos ao Maccabi também vandalizaram um táxi e queimaram uma bandeira palestina.
O MP pediu, ainda, um mês de prisão para outro suspeito, acusado de ajudar e incitar a violência ao compartilhar a localização dos adeptos do Maccabi num grupo online.
O tribunal de Amesterdão, que deve proferir o veredicto a 24 de dezembro, pediu, na quarta-feira, sentenças que variam entre seis meses e dois anos de prisão para outros três outros suspeitos.
A audiência de outro suspeito, originário da Faixa de Gaza, foi adiada para uma data não revelada para permitir que ele realize uma avaliação psicológica, informaram os promotores. O homem de 22 anos é acusado de tentativa de homicídio qualificado, a acusação mais grave no caso.
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