O julgamento de quatro antigos responsáveis, três alemães e um suíço, por suspeitas de corrupção na organização do campeonato do mundo de futebol de 2006, foi tecnicamente encerrado por prescrição, informou hoje o Tribunal Penal Federal da Suíça.

As audiências do julgamento deveriam iniciar-se em 09 de março, mas a ausência dos acusados naquele dia, e a posterior suspensão da atividade do tribunal até 27 de abril, precisamente o fim do prazo de 15 anos em que os crimes em causa prescreveriam, acabou por impossibilitar a emissão de veredicto antes da data limite.

O antigo secretário geral da FIFA, Urs Linsi, os ex-presidentes da federação alemã Wolfgang Niersbach e Theo Zwanziger, bem como o ex-secretário geral da instituição germânica Horst Schmidt são os antigos dirigentes suspeitos de ter comprado votos para a atribuição do torneio ao país.

Em causa está uma possível existência de um fundo secreto de 6,7 milhões de euros para a compra de votos, a fim de assegurar a organização do Mundial, em detrimento da África do Sul. Estas suspeitas foram noticiadas pelo jornal alemão Der Spiegel, em 2015.

Segundo a investigação, o montante foi camuflado como despesas para a organização da cerimónia inaugural da prova em solo alemão e posteriormente recolhidos e devolvidos ao empresário francês Robert Louis-Dreyfus, que mais tarde viria chefiar a empresa germânica de equipamentos desportivo Adidas.