Na sua longa carreira por Portugal, Espanha e Itália, Jorge Andrade trabalhou com vários treinadores. Mas nenhum deles com o marcou tanto como Jorge Jesus, seu técnico no início de carreira no Estrela da Amadora.
"As equipas do Jorge Jesus estão sempre muito bem colocadas em termos de disposição tática. Tinha também uma ou duas jogadas sempre preparadas, para surpreender o adversário. Nas bolas paradas defensivas, começou a implementar a marcação à zona, que ninguém queria assumir, e a partir daí toda a gente começou a fazer zona. Até as grandes equipas europeias fazem zona nos cantos. Em termos de treino e capacidade de passar a informação, é o melhor treinador que tive. De longe", garantiu o antigo internacional português no programa 'Final Cut', o podcast da Sports Tailors.
Foi no FC Porto que o antigo defesa central deu nas vistas mas podia ter brilhado no Benfica. Havia um acordo, faltou apenas o último passo, depois de ter chegado a acordo com o então presidente Vale e Azevedo.
"Em vez de falar do meu contrato, mostrar-me o estádio ou falar de futebol, passou o tempo todo a falar de barcos e de iates, e eu não estava a perceber nada... o meu contrato era só mais um e deu aquilo como garantido", recordou.
No podcast 'Final Cut', Jorge Andrade recordou ainda o Euro2004, perdido por Portugal em casa, quando foi derrotado pela Grécia na Luz. E frisou que na final, era possível fazer tudo diferente.
"Hoje não fazia sentido passar por aquele cordão humano todo. Baixámos a guarda, ficámos com o sentimento de dever cumprido. No último jogo tinha de existir uma solução para irmos diretamente para o estádio e não passarmos por todas essas emoções. Nós devíamos de ter estado mais vivos contra a Grécia, desde o primeiro momento", atirou.
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