Benfica recordou esta quinta-feira Fernando Chalana, que faleceu há precisamente um ano, a 10 de agosto de 2022, quando tinha 63 anos.

"Um ano de saudade, Pequeno Genial. Para sempre na nossa memória", escreveram as águias nas redes sociais, numa publicação ilustrada por uma fotografia da homenagem prestada no Estádio da Luz no dia do funeral da aquela antiga glória dos encarnados.

"1 ano de saudade, Pequeno Genial. Para sempre na nossa memória", escreveram as águias nas redes sociais, com uma fotografia da homenagem prestada no Estádio da Luz, aquando do momento do funeral.

Uma carreira notável

Fernando Chalana jogou dez anos no Benfica, antes de rumar ao Bordéus para uma então rara aventura de futebolistas portugueses no estrangeiro. Voltou, depois, à Luz, antes de seguir carreira no Belenenses e no Estrela da Amadora.

Chalana estreou-se pela equipa principal dos encarnados a 07 de março de 1976, quando tinha apenas 17 anos e 25 dias sendo, na altura, o mais jovem a estrear-se na I divisão.

Representou a seleção nacional entre 1976 e 1988. alcançando 27 internacionalizações e dois golos pela Equipa das Quinas, camisola com a qual alcançou as meias-finais do Euro84, brilhando a grande altura no torneio.

Com a camisola do Benfica conquistou, entre outros títulos, seis campeonatos e três Taças de Portugal. Em Bordéus, ‘o pequeno genial’ venceu por duas vezes o campeonato francês e uma Taça de França.

'Chalanix', como ficou carinhosamente conhecido em França devido às parecenças físicas com a personagem Astérix, enveredou depois para carreira de treinador, tendo começado como treinador-adjunto nos escalões de formação do Benfica.

Passou pelo Oriental e pelo Paços de Ferreira e foi adjunto de Jesualdo Ferreira, Camacho, Fernando Santos e Quique Flores da equipa principal do Benfica. Como consequência do despedimento de Jesualdo Ferreira em novembro de 2002, Chalana assumiu por uma partida (Benfica 3-0 SC Braga) o cargo de treinador principal do Benfica. Teve igualmente o mérito de apostar no jogador Miguel como lateral direito, posição em que este se viria a estabelecer, inclusivamente, ao serviço da seleção nacional.

Mais tarde, na época de 2008, Chalana voltou a assumir as rédeas da equipa principal depois de José António Camacho se demitir. Acabou o campeonato em quarto lugar.

Recorde os momentos mais marcantes do adeus a Fernando Chalana, há um ano

Último adeus debaixo de aplausos e emoção no Estádio da Luz

No último adeus ao antigo futebolista, a urna esteve no Estádio da Luz, colocada na entrada da grande área do topo sul, estrategicamente descaída para o lado esquerdo, zona do terreno de jogo em que o antigo número 10 ‘encarnado’ preferia atuar.

A equipa principal do Benfica fez a guarda de honra, que recebeu, em primeira instância, o presidente do Benfica Rui Costa de mão dada com a família de Fernando Chalana, antecedendo o caixão, coberto com uma bandeira do Benfica e carregado pelos ex-companheiros de equipa Toni, Shéu, Diamantino, Carlos Manuel e Humberto Coelho.

Os cerca de 3.000 adeptos fizeram-se sentir durante toda a cerimónia, entoando cânticos do clube, assim como o nome da ex-glória do clube. Nas colunas do Estádio da Luz, ecoou o hino do Benfica e foram lançadas 10 pombas brancas em homenagem ao internacional português.

No relvado estiveram presentes também a equipa principal feminina de futebol, elementos das camadas jovens de várias modalidades, os órgãos sociais do clube e algumas figuras marcantes do Benfica e do futebol português, como Abel Xavier, José Augusto, Paulo Futre e Nuno Gomes.

Recorde a carreira de Chalana em imagens