A Liga dos Campeões da Ásia atual tem "um sistema insustentável", avaliou o sindicato mundial de jogadores de futebol FIFPro, num relatório publicado esta segunda-feira (19), acusando a Confederação Asiática de Futebol (AFC) de não ouvir atletas e clubes.
A maior competição entre clubes do continente recebeu este ano uma maior atenção mediática, já que as equipas sauditas investiram em contratações de grandes nomes do futebol mundial como Cristiano Ronaldo, Karim Benzema, Neymar, entre outros.
A prova organizada pela AFC cobre um território imenso, desde a Austrália ao Médio Oriente, passado pela Ásia central, e segundo o FIFPro, "as extensas viagens através de um vasto continente e os jogos a meio de semana contribuem para a já crescente carga de trabalho dos jogadores, o que, por sua vez, repercute no rendimento dos clubes".
O relatório "recomenda à AFC que estabeleça uma autêntica associação que ofereça um modelo mais sustentável e que recompense todas as partes interessadas", porque a competição atual é "insustentável".
Entre as suas conclusões, o FIFPro afirma em especial que a qualidade média das equipas participantes é inferior à da elite de ligas como as de Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita.
O sindicato lamenta que "os subsídios financeiros que a AFC concede aos clubes não cubram os gastos dos mesmos, principalmente das viagens de longa distância".
Takuya Yamazaki, presidente do FIFPro para a Oceania e Ásia, espera que este relatório sirva para "iniciar conversas positivas entre todos os envolvidos" na Champions asiática.
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