A Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) mostrou-se hoje desiludida com os valores atribuídos ao desporto na proposta de Orçamento do Estado 2025 (OE), considerando a redução de 15,5% em relação a 2024 "uma falha estratégica".
“O anúncio dos valores atribuídos ao desporto para o próximo ano, através do Orçamento do Estado de 2025, gera uma grande estupefação e desilusão, uma reação que será expectável que seja partilhada por todo o setor desportivo”, refere o presidente da FADU, em comunicado, acrescentando que a “redução do financiamento”, em cerca de 15,5%, “é recebida como uma verdadeira traição à importância do desporto na sociedade".
No comunicado, Ricardo Nora considera que “o desporto não deve ser tratado como uma peça de marketing eleitoral” e lembra que o setor “é, acima de tudo, um pilar essencial para a saúde pública, educação e coesão social”.
“Quando se decide cortar recursos, as consequências vão além nos resultados desportivos que orgulham Portugal. Afetam diretamente a formação dos nossos jovens atletas, a manutenção das infraestruturas desportivas, a sustentabilidade das estruturas desportivas e o acesso da população a atividades que promovem a qualidade de vida e bem-estar de todos os portugueses”, afirma o líder da FADU.
O federação responsável pelo desporto universitário considera que a redução de valor, constante na proposta entregue na quinta-feira na Assembleia da República, “não é apenas uma falha estratégica, é uma falha no compromisso com o futuro do país".
Também hoje, o Comité Olímpico de Portugal (COP) manifestou grande preocupação com a redução do financiamento ao desporto, considerando que esta surge “em contraste com o aumento substancial da dotação para outros setores de atividade, atestando a irrelevância das políticas desportivas no seio do Governo e a importância que este lhe confere para o desenvolvimento do País”.
O Governo fixou em 42,5 milhões de euros (ME) o valor da despesa no setor do desporto para 2025, menos 16% do que em 2024, segundo a proposta de Orçamento do Estado, entregue na quinta-feira na Assembleia da República.
Em 2024, o montante ascendeu a 50,3 ME, com a proposta governamental a implicar agora uma redução de 7,8 ME.
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