Há muito que deixou de ser segredo o objetivo de Di María de terminar a carreira no Rosario Central, o clube do coração do coração onde começou a dar os primeiros passos no futebol.
Porém, os diferentes casos de violência e ameaças que envolveram a sua família recentemente, bem como o clima de insegurança que a Argentina atravessa, geraram um volte-face na decisão do avançado do Benfica, o que estará a gerar muito tristeza e frustração, pelo facto de não poder cumprir um sonho antigo.
Quem o diz é Leandro Paredes, colega de seleção, que partilhou a enorme desilusão do colega e amigo à chegada ao estágio de preparação para a Copa América.
"Vi-o muito triste porque ele tinha uma expetativa muito grande de poder voltar agora. Estamos conscientes de que parte do país não está nas melhores condições para que possamos voltar”, contou à “DSports”, reforçando sobre a decisão de Di María: “Tem as suas filhas bastante crescidas, foram criadas na Europa e voltar a um país em que se passa isto seguramente não é fácil".
Paredes explicou ainda que qualquer jogador argentino tem receio de voltar ao seu país por se sentir inseguro.
“Sou dos que querem que os amigos cumpram os seus sonhos e pensar que ele não possa fazê-lo dói muitíssimo”, disse, acrescentando sobre o que pesa na hora de decidir um possível regresso: “Há que colocar muitas coisas na balança e uma é seguramente a insegurança no país. Nós que estamos há tanto tempo fora pensamos muito antes de atuar".
Recorde-se que Di María deixa oficialmente der ser jogador do Benfica dentro de poucos dias. Rui Costa chegou a admitir a renovação do argentino, revelando que conversaria com os responsáveis do jogador, mas até ao momento sem qualquer efeito prático.
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