Noite de gala no Minho com o Estádio Cidade de Barcelos cheio a receber o Benfica. Foi uma noite de gala porque o Benfica ganhou, mas poderia ter sido de galo para os milhares de benfiquistas que se deslocaram a Barcelos.
O Gil Vicente pode ser considerada uma equipa pequena, mas não se encolhe com os ditos grandes. Não é como a maioria das equipas do nosso campeonato, que quando joga contra um Benfica, FC Porto ou Sporting se encolhe na defesa, como se tivesse colocado a equipa a lavar a 60º na máquina de lavar roupa.
O Gil joga olhos nos olhos e se dantes isso era difícil contra o Pizzi em campo, hoje em dia essa situação está mais facilitada. Odisseas Vlachodimos foi o Gandalf do Benfica. Não permitiu aos "Balrogs" do Gil Vicente marcar nem passar. A cada remate dos gilistas, parecia que ouvia na minha cabeça o grande Ian McKellen gritar "You shall not pass!" .
Com um Gil Vicente atrevido, o Benfica jogava no contra ataque rápido. O Benfica criou uma série de lances perigosos e tal como "Tom and Jerry", o Tom é sempre apanhado desprevenido, os jogadores do Benfica eram também sempre apanhados em fora de jogo.
Na segunda parte, entrou Chiquinho, que um minuto depois, que nem uma águia nas alturas marcou um golaço de cabeça. Não fosse aquele bigode à Quim Barreiros e eu diria que estava a ver o velho Mário Jardel de volta aos relvados. A 10 minutos do fim Musa cavou um auto-penalty. Como isto acontece? Não sei, temos de perguntar ao grande especialista nacional importado da Alemanha, Roger Schmidt. Qualquer dúvida que hoje em dia haja, relativamente ao VAR, deverá ser colocada ao treinador alemão. Uma pessoa que afirma que o VAR deve acabar, é porque percebe muito dela.
Grimaldo fez a vez de João Mário e assinou um golo em seu nome, mas apenas um golo, assinar um contrato está mais difícil. Quem assinou uma bela exibição foi o miúdo João Neves. Nos jornais esta semana diziam que, este miúdo, quando tem amigos em dificuldades, os leva ao psicólogo. Cá para mim, esta semana houve consulta coletiva para os lados da Luz e parece ter resultado. João Neves, se continua a jogar assim no Benfica, fica a um golo, uma assistência, uma foto a beijar o símbolo e uma chamada à selecção de ser avaliado pelo jornal do Benfica, perdão, pelo jornal desportivo "A Bola" em 150 milhões de euros por 50% do passe.
Está a tudo isto, de ter tubarões, orcas, cachalote e um cardume de sardinhas europeus interessados na sua contratação e quem sabe, um super hiper mega colosso da Arábia Saudita. Tal como eu à hora que escrevo este texto já sinto o cheirinho da vitela a começar a assar, o Benfica já começa, também, a sentir o cheirinho do título.
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