Arouca contra Sporting. Assim foi a primeira meia final da Allianz Cup, vulgarmente conhecida aqui no burgo por Taça da Liga, Taça Lucílio Batista, Taça da Carica e noutros tempos por Liga dos Campeões do Benfica.
O clube de Alvalade venceu por duas bolas a uma e apurou-se para a sua terceira final consecutiva, a quarta de Rúben Amorim. Digam lá, com a idade do Amorim, quem é que ainda consegue quatro seguidas?
O jogo foi bastante disputado e equilibrado, fazendo por vezes lembrar um Japão contra a China em Ping-pong.
Não gosto de estar sempre a bater nos mesmos (excetuando os três grandes), mas tal como na minha última crónica, a pior equipa em campo voltou a ser a de arbitragem.
Felizmente para o futebol português, os critérios do fora-de-jogo não são deixados a decidir ao árbitro principal, é que se fossem, meus amigos, isto ia ser um forrobodó para os três do costume.
Fábio Veríssimo conseguiu a proeza de anular um golo de antologia a Antony. Um golaço, daqueles que levam pessoas a comprar bilhete para ir ao estádio. Antony fez um 'chapelão' a Adan, mas um chapéu daqueles que até Winston Churchill usaria com orgulho.
Na sequência dessa estranha intervenção, o Sporting chega ao golo por Paulinho, o mesmo Paulinho que viria a marcar o golo da vitória do Sporting.
Falemos então de João Paulo. O João Paulo, normalmente conhecido por Paulinho tem aversão às balizas, exceto se for para a Taça da Liga. Rúben Amorim deveria contratar um hipnoterapeuta para convencer Paulinho de que todos os jogos são para a Taça da Liga. O Sporting assim, poderia vir a ser um sério candidato à vitória na Liga dos Campeões e o avançado leonino ser uma espécie de Jardel mas sem encostar tanto à 'linha'.
O melhor momento do jogo é, ainda aquele, em que a defesa leonina parecia saída de uma festa académica, perdendo bolas de todas as maneiras e feitios. Se os defesas leoninos, naquele momento soprassem ao balão, aposto que alguns deles acabariam por ficar sem carta de condução.
Na equipa do Arouca destaco Alan Ruiz. Que jogão do criativo argentino. Nota-se que encontrou em Arouca o tipo de carne que lhe permite uns churrascos inspiradores, para depois fazer magia em campo. O passe dele para o golo do Arouca é de tal modo açucarado, que os diabetes de Dabbagh devem estar a bater nos 500.
Para terminar, deixo uma questão, quando é que vamos ter equipas de arbitragem à altura do futebol português? É que neste momento, quando penso neste assunto, imagino o meme do Shaquille O'Neal com a sua companheira.
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