Humberto Coelho, referindo-se ao sorteio do Mundial do Brasil, disse: «venha quem vier». Paulo Bento já definiu que o «objetivo mínimo» é o de chegarmos aos oitavos de final. O grupo que nos calhou não é fácil nem difícil, dependerá da forma como abordarmos os jogos, mas pela lógica dividimos com a Alemanha os dois primeiros lugares no Grupo G.
Depois de conhecidos os adversários de Portugal, poderíamos falar agora das complicadas viagens, dos horários dos jogos e do clima, situações que poderiam afetar a nossa seleção, mas tal não se pode colocar dado que três das equipas, à exceção do Gana, têm todos esses problemas, mais os climatéricos.
Se no primeiro jogo perdermos com os germânicos, em termos psicológicos, nada nos afetará pois aceita-se, eles são de “outro campeonato”, dado que são um dos candidatos ao título, Mas se empatarmos ou ganharmos, o que é possível, ficamos com a moral e motivação em alta e até poderemos ficar em primeiro lugar do grupo.
Os outros dois concorrentes são acessíveis. Os Estados Unidos da América, na fase de qualificação, perderam com a Costa Rica 3-1 e com as Honduras por 2-1. O Gana só perdeu com o Egipto por 2-1, de resto goleou-os por 6-1 assim como também goleou o Lesotho por 7-0. Apesar das equipas africanas por vezes surpreenderem nos mundiais o seu futebol é inferior ao europeu. Por isso, no mínimo, vamos estar nos oitavos-de-final. Depois seja o que os deuses do futebol quiserem.
Já os nossos dois conterrâneos, Carlos Queiroz e Fernando Santos, têm hipóteses antagónicas. Não surpreende se o Irão ficar pela fase de grupos face aos seus superiores adversários Argentina e Nigéria. Já Grécia de Fernando Santos tem mais possibilidades de seguir em frente embora a Colômbia e a Costa do Marfim sejam adversários complicados.
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