A vitória conseguida hoje por Francesco Bagnaia (Ducati) no Grande Prémio da Malásia, em que Miguel Oliveira (KTM) terminou em 13.º, deixou o italiano a dois pontos de conquistar o primeiro título de MotoGP da carreira.
Bagnaia concluiu as 20 voltas em 40.14,332 minutos, deixando o compatriota Enea Bastianini (Ducati) em segundo, a 0,270 segundos e o francês Fabio Quartararo (Yamaha) em terceiro, a 2,773.
Miguel Oliveira fechou a prova na 13.ª posição, a 24,918 segundos de Bagnaia, depois de ter saído do 18.º lugar da grelha.
Saindo do nono lugar, Bagnaia fez “o melhor arranque” da sua vida para se colocar em segundo na primeira curva, perseguindo a vitória que lhe poderia dar o título, se Quartararo terminasse fora do pódio.
Nas primeiras seis voltas, o espanhol Jorge Martin (Ducati) dominou, depois de sair da ‘pole position’, fazendo mesmo a melhor volta da corrida.
Mas, foi ‘sol de pouca dura’, pois o piloto espanhol perdeu o controlo da sua Ducati e caiu sozinho, a 14 voltas do final.
Bagnaia herdou o comando, com Enea Bastianini na sua peugada, mas numa atitude passiva, dando ideia de que a Ducati impôs ordens de equipa.
Fábio Quartararo, campeão em título, que largara de 12.º e sofria com uma fratura no dedo médio da mão esquerda contraída no sábado, subia ao terceiro lugar, após aqueda de Martin.
Nessa altura, Miguel Oliveira também recuperava lugares e chegava ao nono posto.
Mas, a vitória não chegava se Quartararo terminasse no pódio. A Ducati tentou jogar com o também Italiano Marco Bezzecchi (Ducati), que vinha em quarto, mas a recuperar terreno para o francês.
Enquanto isso, Bastianini cansou-se do ritmo discreto de Bagnaia e saltou para a frente da corrida, servindo como uma ‘lebre’ ligeiramente mais rápida, na 11.ª volta.
Foi uma tentativa de despertar o líder do campeonato, que ainda estava à mercê de um ataque de Quartararo. Três voltas depois, Bagnaia recuperou a liderança, sem o mínimo de constrangimento causado por Bastianini, que serviu de ‘guarda-costas’ no resto da corrida.
O italiano pareceu uma sobra do líder do campeonato, fazendo questão de mostrar que estava mais rápido mas sem tentar a ultrapassagem.
A cinco voltas do final, os pneus de Bezzecchi acabaram e o piloto da equipa de Valentino Rossi começou a perder tempo para Quartararo, que ficou isolado no terceiro lugar.
O mesmo aconteceu a Miguel Oliveira, que, depois de chegar a nono, viu os pneus perderem eficácia e foi perdendo posições até terminar no 13.º lugar.
Baganaia confirmou o sétimo triunfo da temporada (desde 2007 que um piloto da Ducati não vencia tantas provas no mesmo ano), com Bastianini na peugada (“tentei ultrapassar na última volta mas já não tinha tração”, disfarçou o piloto da Gresini) e Quartararo a adiar a festa do título para 06 de novembro, em Valência.
Com 25 pontos em jogo, Bagnaia tem, agora, 258 e 23 de vantagem para o gaulês, precisando, apenas, de um 14.º lugar em caso de vitória do homem da Yamaha.
Já Quartararo, precisa de vencer e esperar que o adversário fique em 15.º ou pior.
Miguel Oliveira é, agora, nono classificado, com 138 pontos, a 10 do oitavo.
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