A Federação Internacional de Motociclismo (FIM), presidida pelo português Jorge Viegas, anunciou hoje ter cancelado todas as licenças de pilotos russos e bielorrussos, bem como todas as corridas previstas para Rússia, Bielorrússia e Ucrânia.
“Como consequência, nenhum piloto, equipa ou comissário russo ou bielorrusso poderá participar em qualquer manifestação ou atividade da FIM”, sublinhou aquela entidade, em comunicado.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
“Exprimimos a nossa simpatia e solidariedade por todos os que sofrem pela invasão russa da Ucrânia e mantemos um contacto estreito com o nosso membro afiliado da Ucrânia (FMU)”, sublinhou o presidente da FIM, Jorge Viegas.
De acordo com o dirigente português, a maioria dos eventos naqueles dois países já tinham sido cancelados e as medidas hoje anunciadas são “uma adequação das recomendações do Comité Olímpico Internacional, adaptadas” a esta realidade e a este desporto.
O Comité Olímpico Internacional (COI) recomendou na segunda-feira que federações desportivas e organizadores não convidem ou permitam a participação de atletas russos ou bielorrussos em quaisquer provas internacionais, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, uma recomendação prontamente seguida pela maioria das entidades federativas internacionais.
A FIM já tinha decidido anular, na semana passada, diversas corridas de motocrosse e de speedway que estavam agendadas para a Rússia nos próximos dois meses, bem como para Kiev, na Ucrânia.
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