As três pessoas suspeitas de chantagear a família de Michael Schumacher já começaram a ser julgadas, esta semana, em Wuppertal, na Alemanha. Um dos intervenientes declarou-se como culpado e pediu desculpa à família do antigo campeão do Mundo de Fórmula 1.

Ao que tudo indica, o guarda-costas da família Schumacher terá roubado mais de 1.500 arquivos com ficheiros privados sobre o estado de saúde do heptacampeão mundial. Contudo, o autor do plano seria Yilmaz Tozturkan, um agente de segurança, que contou com a ajuda do filho, outro dos acusados.

A primeira sessão de julgamento ficou marcada pela confissão do crime por parte de Tozturkan, que se desculpou junto da família do ex-piloto.

“Admito-o, fui eu que fiz esta merda. Por favor, digam à família Schumacher que peço desculpa, de verdade. Pensava que podia ganhar um pouco de dinheiro com esta história. A quantidade seria dividida entre os três, teria de estar entre os 10 e 15 milhões de euros. Descarreguei os ficheiros e copiei-os para quatro dispositivos USB. Pedi ao meu filho que criasse uma conta de email que não fosse rastreável”, confessou.

O filho do segurança é perito em informática e também admitiu a culpa, já que criou um tal email e gravou a conversa do pai com um empregado da família. Ainda assim, assegura que só soube de quem se tratava mais tarde.

Em contrapartida, o ex-guarda-costas Markus Fritsche recusou as acusações de que estaria disposto a chantagear a família Schumacher com a publicação dos ficheiros roubados na 'dark web'. Fritsche garante que foram as alegadas vítimas a pedir que os documentos fossem digitalizados e colocados em discos rígidos.

Recorde-se que Michael Schumacher sofreu um grave acidente de esqui nos Alpes Franceses, a 29 de dezembro de 2013.