Na conferência de apresentação do evento, o presidente da comissão organizadora do RVM, Paulo Fontes, explicou que a prova regressa ao seu itinerário habitual, aquele que “ao longo dos anos trouxe uma característica muito própria desta prova”.

A classificativa da Avenida do Mar, na baixa do Funchal, que marca o arranque da competição e funciona como um “aperitivo”, segundo o dirigente acontece em 04 de agosto, quinta-feira, ao final da tarde.

“Na sexta-feira [segundo dia] o rali faz a tradicional especial do campo de Golfe, seguindo-se o Palheiro Ferreiro, Terreiro da Luta, que este ano entra no Parque Ecológico e termina na reta antes do Poiso e, portanto, vamos ter uma classificativa de 19 quilómetros”, sublinhou Paulo Fontes, enfatizando que “a cronometragem média aumenta um pouco devido a este facto”.

Estão ainda previstas no mesmo dia as provas na zona norte da ilha da Madeira, nomeadamente, a classificativa da Boa Ventura, que “sofreu uma alteração devido à colocação de umas lombas para evitar excesso de velocidade, sendo que a alternativa encontrada foi entrar na vila do Arco de São Jorge”, seguindo-se Santana sem qualquer alteração.

No sábado, o RVM dirige-se para a zona oeste para cumprir as classificativas de Câmara de Lobos, Ponta de Sol, Ponta de Pargo e Serra De Água.

A cerimónia de entrega de prémios decorre no mesmo dia na Praça do Povo, no coração da capital madeirense, por volta das 18:30.

A edição 2022 terá 17 provas especiais de classificação ao longo de três dias, um total de 184 quilómetros, estando os valores gerais apontados para os 806 quilómetros, este último valor tendo em conta a ligação ao norte da ilha.

Com o objetivo de estar “próximo do acontecimento e de todas as estruturas “, o teatro de operações da presente edição da prova, secretariado, direção e demais zona de trabalho terá lugar no centro da cidade do Funchal, nomeadamente no Marina Fórum, com vista para o parque de assistências.

Na sede do clube organizador, Club Sports da Madeira, o dirigente explicou que com o intuito de dar mais visibilidade aos pilotos e aos respetivos carros, os parques fechados terão lugar na Praça do Município na quinta, sexta e sábado, o que “será sempre mais uma oportunidade para o público apreciar as viaturas que vão competir no RVM”.

De acordo com Paulo Fontes, o Rali Vinho Madeira “não só promove o destino turístico da Madeira, mas também se tornou numa festa regional”, relembrando o grande esforço que o Club Sports da Madeira tem feito para manter o rali com tal “projeção e valor desportivo”.

O dirigente do clube que promove a prova madeirense desde 1959 destacou que a Federação Internacional do Automóvel (FIA) “está neste momento a analisar e repensar todo o futuro da hierarquia dos ralis”, ressalvando que “com certeza que o RVM tem de estar na primeira linha”.

“Naturalmente, isso depende dos apoios que o clube e a comissão organizadora possam ter para à ‘alta roda’, nomeadamente, voltar a entrar no campeonato da Europa, mas estamos certos que com todo o prestígio e imagem que tem a nível nacional e internacional, será possível que o RVM volte a estar nos patamares mais altos do campeonato da Europa”, destacou Paulo Fontes.

Estão confirmados apenas cinco pilotos até ao momento, as inscrições ainda estão a decorrer.

Por se tratar da primeira conferência do Rali Vinho Madeira após o acidente de mota no Porto Santo que vitimou o piloto Pedro Paixão em 16 de junho, o presidente do Club Sports da Madeiradeixou “uma palavra de conforto e solidariedade para com a sua família, mas também para toda a família automobilística que viu partir um jovem talentoso que com certeza iria animar esta edição do RVM”.