O mexicano Sergio Pérez (Red Bull) tornou-se hoje no primeiro piloto a triunfar por duas vezes no Grande Prémio do Azerbaijão, depois de bater o seu companheiro e líder do campeonato, o neerlandês Max Verstappen, em Baku.
Pérez, que somou a sexta vitória da carreira, segunda da temporada (já tinha ganho na Arábia Saudita), cortou a meta após 51 voltas com o tempo de 1:32.42,436 horas e 2,137 segundos de vantagem sobre Verstappen, com o monegasco Charles Leclerc (Ferrari) a ficar em terceiro, a 21,217 segundos.
O piloto mexicano, que já tinha ganho neste circuito em 2021, repetiu a vitória conseguida no sábado na corrida sprint, batendo o seu companheiro de equipa em ritmo e em sorte.
Charles Leclerc foi o homem que arrancou da ‘pole position’, mas só conseguiu aguentar a liderança por quatro voltas. Nessa altura, o ataque de Max Verstappen foi cirúrgico, eficaz e sem dar possibilidade de resposta.
O neerlandês parecia embalar para a terceira vitória da temporada em quatro provas mas foi sol de pouca dura.
Na volta 11, parou para trocar de pneus, numa decisão que se revelou precipitada. É que mal Verstappen entrou nas ‘boxes’, o compatriota Nick de Vries (Alpha Tauri) deu um toque numa curva com a roda dianteira esquerda e partiu a suspensão.
A direção de corrida chamou o ‘safety car’, o que permitiu a Pérez e a quase todos os outros irem às ‘boxes’ trocar de pneus sem perder tanto tempo como Verstappen, que caiu para terceiro.
No reinício da corrida após a saída do ‘safety car’, Verstappen desenvencilhou-se novamente de Leclerc, mas já não conseguiu acompanhar o ritmo do seu companheiro de equipa.
Pérez manteve uma condução irrepreensível, apesar de um ou outro toque nos muros do circuito citadino da capital do Azerbaijão, chegando a ter mais de três segundos de vantagem sobre Verstappen.
Leclerc ficou rapidamente para trás, mas conseguiu manter a uma distância segura o espanhol Fernando Alonso (Aston Martin), que tinha sido terceiro classificado nas três primeiras corridas da temporada.
O espanhol Carlos Sainz (Ferrari), que fora ultrapassado por Alonso no reinício da prova, foi bastante pressionado pelo britânico Lewis Hamilton (Mercedes) no último terço da corrida, mas a falta de potência do Mercedes tornou inviável a ultrapassagem, mesmo com o recurso ao DRS (sistema que permite anular a asa traseira e, assim, ganhar velocidade de ponta aos pilotos que estão a menos de um segundo do adversário que os precede).
O único motivo de interesse nas últimas voltas foi mesmo a luta pela melhor volta da corrida, que atribui um ponto extra.
Pérez, Verstappen, Leclerc e Alonso foram, sucessivamente, marcando os melhores registos até que a Mercedes chamou o britânico George Russell às ‘boxes’ na penúltima volta para montar pneus macios e acabou com a discussão. A melhor volta ficou mesmo com Russell, oitavo classificado, por um segundo de diferença.
Com estes resultados, Verstappen mantém a liderança do campeonato, com 93 pontos, mais seis do que Pérez, que é segundo.
A próxima ronda será o GP de Miami, no próximo domingo.
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