A margem de quatro pontos que separa os quatro primeiros classificados do Campeonato do Mundo constitui um dos princiais aliciantes para a 56.ª edição do Rali de Portugal, que decorre entre sexta-feira e domingo.
O britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris) parte para a prova portuguesa na frente do campeonato, com 69 pontos, os mesmos do francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris), mas este não vai alinhar na etapa lusa, organizada pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP), por não estar a fazer a totalidade do campeonato pelo segundo ano consecutivo.
Ainda assim, Ogier conta com duas vitórias este ano (em Monte Carlo e no México), repartindo a liderança do campeonato com Evans apesar de já ter faltado ao Rali da Suécia.
“Portugal é um bom rali, mas tem-se tornado muito duro. Há secções muito rápidas e fluidas, em que é divertido pilotar, mas há outras em que é um desafio cuidar dos pneus e do carro”, frisa Evans, que terá, assim, a missão de abrir a estrada na sexta-feira (tarefa reservada ao líder do campeonato).
Já o piloto francês perde a oportunidade de se isolar no topo dos mais vitoriosos da prova lusa, pois soma cinco triunfos (2010, 2011, 2013, 2014, 2017), tantos quantos o finlandês Markku Alen (1975, 1977, 1978, 1981, 1987), desde que a prova se começou a disputar, em 1967.
O finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris), campeão em título, mas que ainda não venceu este ano, tem apenas menos um ponto do que Evans e Ogier e já sabe o que é ganhar em terras lusas.
Em 2022, tornou-se no mais novo de sempre a vencer a prova do ACP, pelo que se mostra “feliz por regressar a Portugal”.
“É uma prova de que sempre gostei bastante e no ano passado pude vencer, apesar de sermos o primeiro carro em pista. É um rali que todos os pilotos já conhecem bastante bem, com especiais lendárias, pelo que o ritmo deve ser elevado e o duelo equilibrado”, frisou Rovanperä.
Três pontos atrás do finlandês surge o estónio Ott Tänak (Ford Puma), vencedor em 2019, ano em que se sagrou campeão mundial.
Este ano, Tänak tem já uma vitória, na Suécia, mas tem-lhe faltado alguma consistência, pois somou problemas em Monte Carlo (foi quinto) e no México (nono).
O belga Thierry Neuville (Hyundai i20), que já venceu em Portugal em 2018, é o quinto do campeonato, a 11 pontos dos líderes, e vem de uma desistência na Croácia, a ronda anterior.
A equipa coreana ambiciona uma vitória para poder dedicá-la ao malogrado Craig Breen, piloto da equipa que morreu num teste de preparação poara o rali croata, em 13 de março, e que também estava a disputar o Campeonato de Portugal de Ralis.
“Espero que este seja um dos ralis em terra mais fáceis que teremos este ano. O ambiente [em torno da prova] destaca-se, pois tem sempre muitos espetadores. Temos o salto icónico de Fafe, alguns troços arenosos, outros duros na zona de Amarante, e é entusiasmante ter tantos adeptos connosco”, disse o belga.
Nomeado por cinco vezes como “o melhor rali do mundo”, a 56.ª edição do Rali de Portugal tem 329,06 quilómetros cronometrados, com um total de 1.636,25 quilómetros no centro e norte do país, ao longo de 19 classificativas.
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