A operação de segurança e assistência para esta edição do Rali de Portugal é uma das maiores realizadas no país, envolvendo mais de 3.300 operacionais de diversos ramos, que, trabalhando em redes, zelam pelos participantes da prova e público.
O dispositivo, planeado e articulado meses antes do arranque da corrida, é colocado em prática pela Proteção Civil, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e as forças de segurança da GNR e PSP, todas em colaboração com o organizador da prova, o Automóvel Club de Portugal (ACP)
Os mais de 3.300 operacionais das diversas entidades, apoiados com quase 900 viaturas, e um helicóptero, são supervisionados através de um centro de comando localizado na Exponor, onde trabalham algumas dezenas de pessoas, com acesso em tempo real a todas as incidências.
Numa visita a esse ‘cérebro’ de todas as operações do Rali de Portugal, onde também está presente a direção da corrida, com os elementos do ACP e da FIA, a agência Lusa constatou a complexidade da operação, mas sobretudo a necessidade de todos “trabalharem em rede”.
“Desde que cada um respeite o trabalho do outro e, sobretudo, haja confiança no papel que cada entidade tem de desempenhar, é fácil trabalhar em rede. Esse é o segredo para que toda esta operação corra bem”, disse à Lusa o Comandante Carlos Alves, responsável máximo pelo dispositivo da Proteção Civil na prova.
Na sua ação, o militar tem envolvidas 60 corporações de bombeiros, com 450 operacionais apoiados com 105 viaturas, que no total vão estar 550 horas empenhados na prova.
Carlos Alves, que desempenha esta função de coordenador do dispositivo da Proteção Civil no Rali de Portugal desde 2016, é também um aficionado dos desportos motorizados e do piloto Sébastien Loeb, confessando que “quando se junta o gosto pelo trabalho com a paixão pelos carros, tudo corre ainda melhor”.
Curiosamente, o responsável máximo da operação do INEM nesta corrida, Bruno Borges, também é um fã da modalidade e do mesmo piloto francês, e soma a experiência de trabalhar no rali desde 2005.
Na sua supervisão, o Coordenador Segurança Gabinete de Crise do INEM, tem 117 efeitos, entre médicos, enfermeiros, auxiliares e pessoal afeto à logística, apoiados por 39 viaturas e um helicóptero operado pela força área com pessoal médico a bordo.
“A nossa principal missão é assegurar a assistência médica a todos participantes na prova, mas várias vezes, como é a nossa obrigação instrucional, também prestamos assistência ao público”, explicou Bruno Borges.
Este responsável do INEM salientou, também, “a forte interligação” que há com as outras entidades que asseguram a segurança da corrida, lembrando que só “com um trabalho conjunto se pode assegurar a segurança num evento com esta dimensão”.
A ideia foi partilhada por Rui Silva, tenente-coronel da GNR, que para este evento coordena um extenso contingente com 2.800 militares e cerca de 750 viaturas.
O responsável da GNR, que desempenha esta função no Rali de Portugal pela quarta vez, e que é um apreciador do piloto português Armindo Araújo, confessou que “este é um trabalho tão exigente que não dá tempo para seguir as incidências da corrida”, apontando como “mais gratificante ver que o extenso planeamento feito se traduz numa prova que decorre em segurança e sem incidentes”.
Todo este dispositivo de segurança operacionalizado pelas várias entidades estará mobilizado até domingo, dia em que termina o Rali de Portugal.
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