O ‘quartel-general’ do Rali de Portugal, situado no centro de exposições Exponor, que agrupa grande parte da atividade e logística da prova, voltou este ano encher-se de vida, depois de dois anos condicionados pela pandemia.
Pelos corredores interiores e exterior do enorme espaço, localizado em Matosinhos, percorrem agora centenas de pessoas, entre fãs da modalidade, comerciantes, elementos das equipas e da organização, recuperando um frenesim que 2020 não existiu, porque a corrida foi cancelada, em 2021 foi muito diminuto, pelas contingências da covid-19.
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“Estávamos ansiosos para poder sentir esta alegria dos ralis. É fantástico ver os detalhes dos mecânicos a arranjar os carros, as zonas de assistência, e participar nas atividades. Para quem gosta de rali é obrigatório vir à Exponor”, confessou à agência Lusa António Lima, um entusiasta da modalidade que veio de Braga.
Na companhia de mais dois amigos, António estava na fila dos simuladores de rali computorizados que podem ser utilizados pelos visitantes, numa das muitas atividades que há para fazer neste 'coração' do Rali de Portugal por estes dias.
“Já tiramos fotografias junto dos carros antigos que estão em exposição, fomos ver a área das equipas e até compramos umas recordações para levar. No fim de semana voltamos para ver os carros a chegar”, completou Carlos Silva, do grupo que veio de Braga.
Mais a lado, numa das bancadas de venda de artigos relacionados com o rali e automobilismo, estava Joaquim Carvalho, de 62 anos, com a sua exposição de miniaturas e modelos estáticos, que não deixam ninguém indiferente.
“As pessoas estavam há muito tempo condicionadas, e com esta abertura, que espero que não dê problemas, noto um grande entusiasmo, não só pelo rali em si como também por este convívio que é tão importante depois dos dias tristes da pandemia que passámos”, disse o vendedor e colecionador.
Joaquim, que vende os seus produtos sobre a marca que criou, apelidada de Quilimaq, confessou que já teve “um volume interessante de vendas”, e no fim de semana, quando espera mais gente, terá a ajuda da mulher Natália.
“Nos dois últimos anos, em que não viemos para este espaço, as vendas praticamente não existiram, mas desta vez sinto que vai melhorar e compensar. Tenho notado muitos espanhóis a passarem por cá. Vamos ver se compensa os anos anteriores. Mas como sou mais colecionador que vendedor, gosto de vir sobretudo pelo convívio que existe nestes dias”, completou.
Além dos muitos espanhóis mencionados por Joaquim Carvalho, há também muitas fãs que vieram da Inglaterra, França ou Bélgica a passear pela Exponor, e nem todos com viagem propositada para ver o rali.
“Estávamos de férias no Porto, e quando soubemos que o Rali de Portugal ia acontecer perto não podíamos deixar de vir e apoiar o nosso compatriota Thierry Neuville”, partilhou Mathieu Leon, 43 anos, que veio da Bélgica passar alguns dias no “sol de Portugal”.
“Poder apreciar este bom tempo no vosso país e ainda levar umas recordações do rali é espetacular. Certamente que voltaremos mais um dia”, completou.
O acesso do público à Exponor é gratuito e pode ser feito durante as manhãs e as tardes, até este domingo.
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