O piloto alemão Stefan Bradl admitiu ter sentido ódio por Marc Márquez. Os dois pilotos travaram uma luta acesa pelo título de Moto 2 em 2011, tendo o germânico acabado por levar a melhor.

Após ambos transitarem para a categoria de Moto GP, a situação mudou de figura.

"Queria superá-lo, mas quando chegou ao MotoGP ele foi mais rápido. Não encontrava resposta para a pergunta 'como posso ser mais rápido que este tipo?' Dizia a a mim mesmo 'Não sei, dou o meu máximo'. E aceitar esta situação aos 23 anos, sendo ele ainda mais novo do que eu… foi difícil, muito difícil. Tenho um grande respeito por ele, porque tem um talento incrível, mas era mais rápido do que eu e eu odiava-o. Destruiu-me", disse Bradl no documentário da Honda 'Behind the Dream'.

Há cerca de cinco anos, o piloto alemão decidiu experimentar o mundial de 'Superbikes' (SBK); a experiência durou só um ano, já que Bradl regressou ao Moto GP e à Honda enquanto piloto de testes. Em retrospetiva, Bradl concorda que não deveria ter abandonado as SBK.

"Sofri muito. Em maio o Nicky Hayden morreu num acidente de bicicleta e eu estava na equipa sozinho. Não sabia o que fazer com a minha vida, com o meu futuro. Nessa altura recebi uma chamada do Takeo [Yokoyama, diretor técnico da HRC] que me disse: 'estás interessado em ser piloto de testes da Honda MotoGP?" A resposta foi contundente: 'Sim, estou muito interessado' ", afirmou o germânico.

Agora com 32 anos, Bradl está na mesma equipa de Márquez, estando nesta altura a correr no lugar do espanhol, enquanto este recupera de uma grave lesão no seu braço direito.

"Substituir o Marc Márquez nunca é fácil, trata-se de um campeão do Mundo que tem tido muito êxito com esta equipa. Sinto-me um privilegiado, mas por outro lado é um peso sobre as minhas costas", rematou Bradl.

O peso parece estar prestes a ser levantado das costas do alemão, uma vez que, ao que tudo indica, Marc Márquez estará de regresso à competição já no próximo fim-de-semana, no Grande Prémio de Aragão.