O presidente da comissão organizadora do Rali Vinho Madeira disse hoje que a 64.ª edição da competição será mais rigorosa em termos de segurança, para impedir acidentes como o que vitimou uma menina de oito anos em 2022.
Paulo Fontes garantiu que o clube organizador e a direção de prova estão “muito preocupados, porque o infeliz acidente do ano passado mancha qualquer organização, mesmo que não tenha contribuído para isso”, mas sublinhou que tinham de ter tentado evitar e, é isso que está a ser feito nesta edição, ao “prever todos os cenários”.
O acidente que vitimou uma menina de oito anos aconteceu em 06 de agosto de 2022, durante a última classificativa da competição, quando a vítima atravessou a estrada a pé e foi colhida pela viatura em que seguia o piloto madeirense Miguel Gouveia.
“Vamos identificar as zonas em que, com toda a certeza, vamos ter mais público e, aí, naturalmente, reforçar não só com os elementos da Polícia de Segurança Pública, como também com elementos da organização”, referiu o dirigente do Club Sports Madeira, frisando que haverá “muito rigor nos horários de fecho das estradas e na colocação do público”.
O dirigente está convicto de que o número de assistência nas estradas da Madeira será maior do que nos anos anteriores, afetados pela pandemia de covid-19, frisando que “a circulação pedonal de acesso às provas especiais será fechada 20 minutos antes”: “O rali será corrido, mas com um tempo entre a primeira passagem para a segunda, de modo a que as pessoas se possam deslocar”.
Questionado sobre se haverá um aumento do número de polícias nas estradas, o presidente do clube organizador desde 1959 sublinhou que “não é tanto o reforçar de elementos, porque os troços são praticamente os mesmos e as pessoas já estão destacadas, mas sim um reforçar da atenção em termos do rali na estrada e do posicionamento das pessoas”.
Paulo Fontes garante que a importância reside não só no reforço da presença, mas também com o passar da mensagem, explicando que nos próximos dias será lançada uma campanha de segurança para toda a gente que vai estar na estrada.
Segundo o dirigente, teve de ser pedido à Federação Internacional do Automóvel um aumento do limite máximo de inscritos de 75 para 85, devido à grande procura num ano que, considerou, é “de grande projeção do rali e de uma recuperação de uma imagem do Rali Vinho da Madeira”, sendo que, a poucas horas do término de inscrições, já se contabilizam 84 participantes.
A prova que irá decorrer de 03 a 05 de agosto pelas estradas da Madeira conta até ao momento com oito pilotos estrangeiros e 76 portugueses, sendo 52 madeirenses e um açoriano.
Os nomes mais sonantes incluem Kris Meeke, Giandomenico Basso, Simone Campedelli, Diego Ruiloba, José Pedro Fontes, Ricardo Teodósio, Miguel Correia, Armindo Araújo ou os madeirenses Bernardo Sousa, Alexandre Camacho, o vencedor em título e agora recordista com cinco títulos, e Miguel Nunes.
O Rali Vinho Madeira integra o FIA Rally Trophy, o Campeonato de Portugal de Ralis e o Campeonato de Ralis Coral da Madeira e, ainda, a Peugeot Rally Cup Ibérica, disputada com Peugeot 208 Rally4 e que traz à região 11 equipas.
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