Os pilotos estrangeiros, que regressaram este ano ao 69.º Grande Prémio de Macau, garantiram hoje os primeiros lugares na grelha de partida para a principal prova de automóveis, a Taça GT Macau.

Na qualificação, o mais rápido foi Edoardo Mortara, com pouco mais de dois minutos e 17 segundos. O suíço-italiano, sete vezes vencedor na Guia, bateu por menos de 0,3 segundos o alemão Maro Engel, que ganhou a prova em 2014.

O suíço Raffaele Marciello ficou em terceiro e irá partilhar a segunda linha da grelha de partida com o quarto, Alexandre Imperatori, um piloto suíço que corre pela região chinesa de Hong Kong.

Edoardo Mortara vai assim partir à frente, no sábado, para a primeira corrida da Taça GT Macau, que irá decidir as posições de largada para a segunda corrida, no domingo.

Depois de um ano em que a prova só contou com pilotos provenientes da China, Hong Kong e Macau, devido às restrições impostas face à pandemia de covid-19, a edição de 2022 atraiu mais de 170 pilotos, incluindo 18 estrangeiros, sobretudo na prova de motos.

O evento, de quatro dias, integra sete corridas: Grande Prémio de Macau de Fórmula 4, a Taça GT Macau, Corrida da Guia Macau, a Taça de Carros de Turismo de Macau, a Taça GT Grande Baía, Macau Roadsport Challenge e o Grande Prémio de Motos de Macau, que regressa ao Circuito da Guia para a sua 54.ª edição.

O mais rápido entre as motos na qualificação voltou a ser o finlandês Erno Juhani Kostamo, que gastou 2.28 minutos para completar os 6,2 quilómetros do circuito da Guia, batendo o alemão David Datzer.

O piloto português Sheridan Wesley Morais conseguiu o terceiro lugar na grelha de partida, com o outro português, André Silva Pires, na sexta posição.

Para este ano, o orçamento é de 180 milhões de patacas (22,9 milhões de euros), ligeiramente superior ao do ano passado, com o patrocínio das seis operadoras de jogo no território: Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy, Wynn, MGM, Sands China e Melco.

As autoridades estão ainda a exibir as provas, alvo de transmissão televisiva, em ecrãs gigantes espalhados pela cidade.

O Grande Prémio de Macau é o maior evento desportivo organizado na região administrativa especial chinesa e uma das mais antigas provas automobilísticas em todo o mundo

O público tem de usar máscara, manter o distanciamento social, medir a temperatura e apresentar um código de saúde de cor verde à entrada no recinto do Grande Prémio de Macau, numa altura em que a cidade voltou a registar novos casos de covid-19.

Macau fechou as fronteiras em março de 2020 e desde então que as pessoas que chegam ao território - com exceção da China continental - são obrigadas a cumprir quarentena em hotéis designados pelas autoridades, atualmente fixada em cinco dias.

A região administrativa especial chinesa registou seis mortes e mais de 2.600 casos da doença, incluindo assintomáticos, em quase três anos.