O australiano Daniel Ricciardo assumiu hoje ter ficado surpreendido por regressar à Fórmula 1 tão cedo, com as cores da Alpha Tauri, após optar por passar uma época como piloto de reserva da Red Bull.

“É bom estar de volta. Tudo ainda me é muito familiar, porque não passou assim tanto tempo. Voltar à família Red Bull traz-me muitos sentimentos antigos, também de quando pertencia à equipa satélite”, referiu, em conferência de imprensa no circuito de Hungaroring, onde no domingo decorre o Grande Prémio da Hungria.

A Red Bull anunciou, em 11 de julho, que Daniel Ricciardo iria substituir Nick de Vries na sua equipa satélite, após os resultados do piloto neerlandês não convencerem os responsáveis da escuderia.

“Nunca sabes o que pode acontecer, mas é verdade que não esperava estar de volta em Budapeste. Estou surpreendido, ainda que não muito”, admitiu o australiano de 34 anos, que no início da carreira correu na Toro Rosso, equipa que deu origem à atual Alpha Tauri.

Ricciardo regressou este ano à Red Bull como piloto de reserva, após terminar antecipadamente o contrato com a McLaren no final de 2021, e será emprestado à Alpha Tauri pelo resto da temporada.

“Este tempo em que não fui piloto oficial serviu-me para alterar rotinas e, pessoalmente, também me deu espaço para recuperar energias. Ter mais tempo livre foi um luxo e foi bom, mas também é verdade que estou acostumado a estar aqui”, declarou o australiano, que no ano passado assumiu ter perdido a paixão pela Fórmula 1, após uma temporada desastrosa na McLaren.

Vencedor de oito grandes prémios, sete dos quais com a Red Bull, o piloto de Perth, cujo regresso criou hoje grande expectativa no ‘paddock’, não escondeu a predileção pela ‘casa-mãe’.

“O teste com a Red Bull em Silverstone foi sensacional. Apesar de ter passado muito tempo no simulador [como piloto de testes], necessitava desse clique e as sensações foram imediatas. Agora, é outra coisa: o carro é diferente, o desafio é diferente também”, salientou.

Dizendo-se “preparado”, Ricciardo refletiu sobre os 10 anos que separam a sua primeira passagem pela escuderia italiana da atual.

“Dez anos é muito tempo, a equipa mudou, eu mudei. Sinto que ambos evoluímos. Simplesmente, estou feliz por ter esta oportunidade”, concluiu.