O piloto italiano Francesco Bagnaia (Ducati) parte como principal favorito à conquista do título de MotoGP, cujo campeonato arranca este fim de semana, numa temporada marcada pela saída do espanhol Marc Márquez da Honda rumo à privada Gresini Ducati.
O atual bicampeão mundial conta ainda com a concorrência do espanhol Jorge Martin, numa Ducati privada da Pramac mas com a ambição de chegar à equipa de fábrica.
O vice-campeão mundial foi um dos mais rápidos nos treinos de pré-temporada, a par do próprio Bagnaia, na continuação do duelo que animou a temporada de 2023. Aos 27 anos, o campeão acaba de renovar com a Ducati por mais duas temporadas.
Mas a grande incógnita é mesmo sobre as capacidades de Marc Márquez que, aos 31 anos, deu um salto de fé na carreira, trocando a Honda oficial, onde passou os últimos 11 anos e com a qual conquistou os seis títulos mundiais que tem no currículo, pela versão de 2023 da Ducati da equipa privada Gresini, onde fará dupla com o irmão Alex.
Após três anos marcados por lesões graves (olhos e antebraço direito) e sucessivas quedas, Márquez fez um derradeiro esforço para igualar Valentino Rossi, que ao longo da sua carreira conquistou sete coroas na categoria ‘rainha’ (uma ainda nas 500cc e seis em MotoGP).
Orfã de Márquez, a Honda apostou em Luca Marini, meio irmão de Valentino Rossi. Mas as marcas nipónicas têm estado um passo atrás da concorrência europeia em termos de prestações.
A ascensão do espanhol Pedro Acosta para a GasGas (uma KTM ‘disfarçada’) foi outro dos destaques do inverno, pois um estreante não gerava tanto interesse desde a chegada de Marc Márquez à categoria ‘rainha’, em 2013.
A estes nomes há que somar o do italiano Enea Bastianini, depois de uma época perdida devido a uma grave lesão contraída em Portugal. O piloto transalpino quer mostrar que tem lugar na equipa oficial da Ducati e, para isso, terá de conseguir resultados de relevo.
Na pré-temporada, a Ducati dominou claramente a tabela de tempos, seguida de perto pela Aprilia e pela KTM, sobretudo a conduzida pelo sul-africano Brad Binder.
Yamaha e Honda vão beneficiar, este ano, de um novo sistema de concessões, que lhes vai permitir realizar mais testes de desenvolvimento e utilizar mais motores e mais pneus ao longo da temporada, numa tentativa de aproximação às rivais europeias.
Portugal volta a acolher uma das 21 rondas do campeonato, com a segunda prova do Mundial a disputar-se no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, de 22 a 24 de março.
Mas, já neste fim de semana, a caravana dá o tiro de partida no Qatar, com a jornada de abertura.
Pelo segundo ano, os sábados estão preenchidos com as corridas sprint, ficando os domingos reservados para as corridas principais.
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